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China registra sexta morte por vírus misterioso e confirma transmissão entre humanos

Agravamento do surto, que já infectou pessoas em ao menos quatro países da Ásia, fez OMS criar comitê de emergência

20 jan 2020 - 22h02
(atualizado em 21/1/2020 às 15h28)
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A China confirmou nesta terça-feira, 21, a morte de mais duas pessoas por infecção pelo novo tipo de coronavírus identificado no país nas últimas semanas. Já são seis pessoas vítimas da nova doença que, segundo as autoridades chinesas, já tem 291 casos confirmados. O governo chinês confirmou ainda que a transmissão da doença ocorre, sim, entre humanos.

A maioria dos infectados está na cidade de Wuhan, onde os primeiros casos foram reportados, mas a doença já fez vítimas na capital do país, Pequim.

O agravamento do surto fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar, também nesta segunda, a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus. O grupo se reunirá nesta quarta, 22, em Genebra, para decidir se classifica o surto como "uma emergência de saúde pública de alcance internacional" e quais recomendações devem ser feitas a nível global.

Além dos casos na China, Tailândia e Japão já haviam reportado infecções. Nesta segunda, a Coreia do Sul informou seu primeiro caso, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC) do país.

A corte mais recente registrada foi a de um homem de 89 anos de idade. Ele sofreu com os sintomas característicos do coronavírus, além de já ter uma doença cardíaca. Segundo as autoridades, o vírus começou a se manifestar no idoso no dia 13 de janeiro, que passou cinco dias hospitalizado.

Alerta no mundo

Pelo menos meia dúzia de países da Ásia e três aeroportos dos EUA começaram a rastrear passageiros de companhias aéreas da China central. Muitos dos casos iniciais tinham conexões com um mercado de frutos do mar em Wuhan, que foi fechado para uma investigação.

Li Gang, diretor e médico chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, disse à emissora estatal CCTV que "a infecciosidade do novo coronavírus não é forte". O médico refere-se à rapidez com que o vírus pode se espalhar entre os indivíduos.

Isso "não descarta a possibilidade de transmissão limitada de homem para homem, mas o risco de transmissão contínua é baixo", disse Li. "Com a implementação de nossas várias medidas de prevenção e controle, a epidemia pode ser evitada e controlada".

O governo chinês deseja evitar a repetição da SARS, ou síndrome respiratória aguda grave, causada por outro coronavírus, que começou no sul da China no final de 2002 e se espalhou para mais de duas dezenas de países, matando quase 800 pessoas. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Estadão
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