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Butantan vai antecipar para agosto entrega de 54 milhões de doses de vacina para Ministério da Saúde

Nova remessa do lote de 46 milhões de doses deve ser enviada na próxima semana; vírus já circula por todos os municípios do Estado e causou mais de 56 mil mortes

17 fev 2021 - 12h57
(atualizado às 14h24)
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SÃO PAULO - O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira, 17, que o Instituto Butantan vai antecipar em um mês a entrega das 54 milhões de doses da Coronavac para o Ministério da Saúde, que formalizou as compras das doses na noite desta segunda-feira, 15. A entrega estava prevista para setembro. Doria afirmou ainda que uma nova remessa do lote das primeiras 46 milhões de doses será encaminhada para o ministério na próxima semana.

"A partir do dia 23, vamos entregar 426 mil doses por dia para o Ministério da Saúde. Em oito dias, vamos chegar a 3,4 milhões de doses e esperamos não parar, porque não temos mais problemas de matéria-prima. A partir de abril, vamos produzir mais, porque teremos à disposição uma fábrica que, no momento, está sendo usada para fabricação da vacina da gripe", explica Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Segundo o governador, o primeiro lote, de 46 milhões de doses do imunizante contra a covid-19, deve ser entregue para distribuição por todo o País até abril. "Foi criada uma força-tarefa para a vacinação. O Instituto Butantan duplicou o número de profissionais que trabalham no envase da vacina. Passou de 150 para 300 profissionais que estão trabalhando praticamente 24 horas por dia e sete dias por semana."

João Doria, governador de São Paulo, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Doria, governador de São Paulo, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Governo de DP/Divulgação / Estadão

Segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo contabiliza 1.938.712 casos confirmados da covid-19 e 56.960 mortes.

Todos os 645 municípios do Estado têm registro de ao menos um caso de infecção pelo vírus e 624 tiveram um ou mais óbitos.

Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn informou que São Paulo apresentou uma queda de 8% nas internações por covid-19. "O Estado teve queda pela quinta semana consecutiva no número de internações."

Ele diz que a pasta está acompanhando a situação de Araraquara, que está em lockdown, por causa do aumento de casos da doença e pela circulação da variante brasileira.

"Foram abertos 70 leitos em Araraquara e 96 leitos foram ampliados em Jaú. Temos ainda a possibilidade de contratação de leitos privados."

Gorinchteyn afirma que a nova variante brasileira, tanto em Araraquara e Jaú quanto em Manaus, tem mostrado um comportamento preocupante.

"Eles relatam a velocidade desse vírus de se transmitir de pessoa a pessoa e que pacientes jovens sem nenhuma doença de base estão apresentando formas graves e morrendo. Assim, os que estão negligenciando a doença, achando que podem perder só o paladar e o olfato, podem perder a vida."

De acordo com Gorinchteyn, entre os dias 12 a 16 de fevereiro, quando seria comemorado o carnaval, foram realizadas 6,9 mil inspeções em todo o Estado para verificar se o Plano São Paulo estava sendo cumprido, além de observar o respeito ao uso de máscaras e à regra de não permitir aglomerações.

"Foram realizadas 200 autuações e 19 localidades comerciais foram fechadas, incluindo festas clandestinas. Na cidade de São Paulo, foram 229 inspeções e 48 autuações, que tiveram apoio da Polícia Militar."

Alunos da rede estadual vão receber suporte psicológico

Durante a coletiva, Rossieli Soares, secretário de Estado da Educação, anunciou que os alunos da rede estadual vão receber suporte psicológico ao longo do ano letivo de 2021.

Serão 1 mil psicólogos que vão realizar atendimento virtual e, em caso de necessidade, presencial. O serviço estará disponível a partir desta terça-feira, 17, nas 5,1 mil unidades da rede. As aulas foram retomadas no último dia 8 e as escolas estão funcionando com 35% da capacidade.

"O profissional fará parte de dentro do planejamento das escolas. Vamos monitorar o uso e suporte e também a formação dos profissionais. Todas as escolas vão poder solicitar de duas horas a 20 horas do serviço por semana, dependendo do número de alunos das escolas. Será um investimento de R$ 60 milhões por 12 meses."

Estadão
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