Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Qualidade do sono é pior entre mulheres pretas e pardas

Estudo revela que mulheres pretas e pardas têm pior qualidade do sono no Brasil, evidenciando desigualdades que impactam saúde física, mental e bem-estar

23 dez 2025 - 14h09
Compartilhar
Exibir comentários

Dormir bem ainda é um desafio desigual no Brasil, sobretudo quando o recorte envolve gênero e raça.

Qualidade do sono é pior entre mulheres pretas e pardas
Qualidade do sono é pior entre mulheres pretas e pardas
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Os dados do Check-up de Bem-Estar 2025, levantamento nacional realizado pela Vidalink, mostram que a qualidade do sono é pior entre mulheres pretas e pardas, grupo que apresenta os índices mais baixos de satisfação com o descanso quando comparado a outros perfis da população.

Sono e desigualdade: um retrato estrutural

A pesquisa analisou respostas de 11.600 profissionais, vinculados a 250 empresas de grande porte, e evidencia que o descanso adequado segue sendo um privilégio restrito. Embora o sono seja um pilar essencial da saúde física, mental e emocional, nem todos conseguem acessá-lo em condições equivalentes.

Nesse contexto, a pior qualidade do sono entre mulheres pretas e pardas revela não apenas um problema individual, mas um reflexo de desigualdades estruturais que atravessam o cotidiano desse grupo.

Impactos diretos na saúde e no bem-estar

A relevância do dado se amplia quando se considera que o sono está diretamente associado à prevenção de doenças crônicas, ao equilíbrio emocional e à capacidade de concentração e produtividade.

Ainda assim, fatores como sobrecarga de responsabilidades, rotinas extensas, estresse constante e menor acesso ao autocuidado afetam de forma mais intensa a qualidade do descanso entre mulheres pretas e pardas.

Além disso, o levantamento aponta que a insatisfação com o sono aparece associada a outros indicadores negativos de bem-estar, como saúde mental fragilizada e sensação persistente de cansaço ao longo do dia.

Dormir pouco não é o único problema

Outro aspecto relevante destacado pelo estudo é que a pior qualidade do sono não está necessariamente ligada apenas ao número de horas dormidas.

Na prática, muitas mulheres relatam dificuldade em alcançar um descanso reparador, mesmo quando conseguem dormir por períodos considerados adequados.

Interrupções frequentes, preocupação constante e dificuldade para relaxar antes de dormir fazem parte da realidade de muitas mulheres pretas e pardas, contribuindo para um sono fragmentado e pouco restaurador.

Saúde além do indivíduo

Os dados reforçam que discutir sono, saúde e bem-estar exige olhar para além dos hábitos individuais.

Garantir condições para um sono de qualidade passa por enfrentar desigualdades no mercado de trabalho, na divisão das tarefas domésticas e do cuidado, além do acesso ao tempo livre e ao descanso.

Dessa forma, a constatação de que a qualidade do sono é pior entre mulheres pretas e pardas evidencia a necessidade de políticas e estratégias que reconheçam os impactos das desigualdades sociais e raciais na saúde, promovendo condições mais justas para o descanso e o bem-estar no Brasil.

Saúde em Dia
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade