Dupla jornada segue sendo realidade para 38% das mulheres
Pesquisa revela que 38% das mulheres vivem dupla jornada entre trabalho e casa, evidenciando desigualdades na divisão do tempo e do cuidado
Dupla jornada ainda é realidade para muitas mulheres
A dupla jornada, que combina trabalho remunerado e cuidados com a casa e a família, segue sendo uma realidade para 38% das mulheres brasileiras.
Segundo o Check-up de Bem-Estar 2025, pesquisa realizada pela Vidalink com 11.600 profissionais de 250 empresas de grande porte em todo o país, esse número evidencia um cenário preocupante.
Enquanto isso, entre os homens, apenas 24% afirmam viver essa mesma rotina, o que evidencia uma diferença significativa na divisão do tempo e das tarefas do dia a dia.
Essa desigualdade reflete não apenas hábitos individuais, mas padrões estruturais presentes no cotidiano feminino.
Impacto na saúde e bem-estar feminino
Essa sobrecarga ajuda a explicar por que os índices de bem-estar, saúde física e saúde mental seguem piores entre mulheres.
A pesquisa ainda aponta que, enquanto 58% dos homens afirmam passar a maior parte do dia exclusivamente no trabalho, esse percentual cai para 39% entre as mulheres, que precisam dividir o tempo entre diferentes funções.
Consequentemente, a acumulação de responsabilidades contribui para maior estresse, cansaço e dificuldade em manter hábitos saudáveis, mostrando como a desigualdade na divisão de tarefas impacta diretamente o bem-estar feminino.
Dupla jornada: um problema estrutural
Os dados reforçam que a sobrecarga cotidiana não é apenas uma questão individual, mas estrutural.
A dificuldade de conciliar trabalho, cuidados e tempo pessoal impacta diretamente o autocuidado, a saúde emocional e a qualidade de vida das mulheres.
Portanto, discutir bem-estar passa necessariamente por enfrentar desigualdades na organização da rotina.
Sem mudanças na divisão do cuidado e no suporte à vida pessoal, a dupla jornada tende a permanecer como um obstáculo persistente para a saúde e o bem-estar feminino.