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Quais são as consequências de um cérebro 'multitarefa'? Entenda

Descubra o que a neurociência revela sobre a alternância de foco e a produtividade

10 jul 2025 - 17h14
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Vivemos a era do "fazer tudo ao mesmo tempo". Entre e-mails, notificações, reuniões e vídeos curtos, nos acostumamos a alternar tarefas sem parar - muitas vezes em múltiplas telas ao mesmo tempo. Para alguns, isso parece um superpoder. Mas será que nosso cérebro foi feito para tanta sobrecarga? A ciência tem uma resposta clara: não. O cérebro não é multitarefa. Na verdade, ele alterna cada uma delas.

O cérebro não foi feito para ser multitarefa? Entenda os efeitos na produtividade e bem
O cérebro não foi feito para ser multitarefa? Entenda os efeitos na produtividade e bem
Foto: estar, além de dicas para manter o foco - Reprodução: Pavel Danilyuk/Pexels / Bons Fluidos

Como funciona o cérebro?

Apesar de muitos falarem sobre a multitarefa, estudos mostram que ela é, na verdade, uma rápida troca de atenção - também chamada de switching cognitivo. A cada nova atividade, nosso cérebro precisa se reconfigurar, o que gera um alto custo de energia mental.

Um experimento da Universidade de Stanford revelou que pessoas que se dizem multitarefas apresentam pior desempenho em testes de atenção e memória do que aquelas que se concentram em uma tarefa por vez. Parece contraditório, mas quanto mais tentamos fazer ao mesmo tempo, menos eficazes nos tornamos.

A armadilha invisível da produtividade

Essa alternância constante de foco, estimulada pelas telas e pela tecnologia, pode gerar fadiga mental, aumento do estresse e até prejuízos na saúde física. O cérebro, sobrecarregado de estímulos, libera mais cortisol, o hormônio do estresse. A longo prazo, isso afeta a memória, humor e até o sistema imunológico.

É comum chegar ao fim do dia com a sensação de exaustão, sem saber exatamente no que o tempo foi gasto. Isso acontece porque, ao alternar sem parar entre tarefas, perdemos profundidade de raciocínio e presença.

Tempo e idade fazem diferença

Adultos têm mais facilidade em lidar com tarefas simultâneas do que crianças, graças ao amadurecimento do córtex pré-frontal e das conexões cerebrais. Já os idosos, por sua vez, tendem a apresentar maior dificuldade de dividir a atenção. Isso aumenta o risco de quedas e acidentes em atividades simples, como caminhar enquanto resolvem uma questão mentalmente.

Mas há boas notícias: a multitarefa pode ser treinada, desde que de forma consciente. Exercícios como caminhar na esteira enquanto resolve jogos mentais ou tarefas motoras leves ajudam a desenvolver essa habilidade sem comprometer o bem-estar.

Quando é melhor fazer uma coisa de cada vez?

Tarefas simples, como ouvir música e lavar a louça, podem ser feitas simultaneamente sem grandes prejuízos. O problema começa quando misturamos atividades que exigem foco profundo, como tomar decisões importantes, escrever textos complexos ou dirigir, com outras que geram distração. Nesses casos, o risco aumenta e a qualidade do resultado cai.

Confira algumas estratégias simples e eficazes para desacelerar e recuperar o foco:

  • Pratique a monotarefa: reserve blocos de tempo para se dedicar a uma única atividade;
  • Silencie notificações: reduza os alertas e use a tecnologia a seu favor;
  • Faça pausas conscientes: levantar-se, respirar fundo ou tomar um copo d'água pode renovar sua energia mental;
  • Durma bem: o sono é essencial para consolidar memórias e restaurar o foco;
  • Exercite o mindfulness: técnicas de atenção plena ajudam a reduzir a ansiedade e melhorar a concentração.
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