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Vida na cidade grande pode piorar problemas de fertilidade

16 jul 2012 - 09h15
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A vida nas cidades grandes pode ter suas vantagens, mas traz também muitos efeitos negativos. Em alguns casos, a poluição, o estresse e a agitação podem, inclusive, diminuir as chances de engravidar.

A poluição, o estresse e a correria da vida profissional podem diminuir as chances de engravidar, em alguns casos
A poluição, o estresse e a correria da vida profissional podem diminuir as chances de engravidar, em alguns casos
Foto: Shutterstock


Os efeitos da poluição do ar são mais conhecidos entre os estudiosos da fertilidade. Essas substâncias podem comprometer a qualidade do espermatozoide. Uma das causas é o desencadeamento de reação imunológica em que o organismo reconhece o gameta como uma célula alterada que precisa ser atacada.



Outro poluente prejudicial à fertilidade seria o ozônio, que é tóxico quando respirado. "Ele é um radical livre de oxigênio. A relação entre radicais livres e a piora da qualidade seminal é algo bem conhecido. Por analogia, dá para considerar também que o ozônio afeta a fertilidade", afirma Edward Carilho, especialista em reprodução humana da clínica Engravida, de São Paulo. O ozônio se concentra em áreas abertas próximas a locais poluídos, como nos parques das grandes cidades.



Estresse

Trânsito, filas, correria, poluição sonora, violência... Há muitas condições típicas das cidades grandes que levam ao aumento do estresse. Embora não haja estudos conclusivos sobre o assunto, a hipótese de que o estresse pode afetar a fertilidade é bastante conhecida.



O estresse pode causar alterações hormonais que levam a variações no ciclo menstrual, o que atrapalha o período fértil.



Diferenças pessoais

O quanto a vida nas grandes cidades vai afetar a fertilidade depende do indivíduo. "Cada pessoa lida com o estresse de uma maneira diferente. Tem gente que lida muito bem com o trânsito. Outras que são superativas e fazem exercício físico, o que diminui o estresse", explica Edward.



Além disso, não são apenas os efeitos da cidade que vão levar a um comprometimento da fertilidade. "Para um homem que tenha meio bilhão de espermatozoides, ficar num ambiente poluído não vai causar problema. Agora, para aquele homem que tem uma fertilidade baixa, ele pode ser prejudicado", analisa o especialista.



Mas o fato de a procura por processos de reprodução assistida ser maior nas grandes cidades tem mais relação com a idade com que as mulheres passam a tentar engravidar, explica Edward. "A cidade grande muda o comportamento das pessoas, inclusive na decisão de quando ter filhos. A variação da idade é mais importante do que os fatores ambientais", afirma.



Mudança de hábito

Uma maneira de diminuir o impacto da vida urbana na fertilidade é a prática de atividades físicas. "A pessoa que mora nas cidades geralmente tem uma alimentação pior. Ela já não tem hábitos saudáveis. Ter uma alimentação melhor ou buscar uma atividade física para diminuir o estresse são saídas. Tudo que diminui o estresse é favorável", diz o médico. O uso de vitaminas, como a E ou o zinco, sob orientação médica, também são uma opção, segundo ele.



Isso não significa, no entanto, que a pessoa está imune aos efeitos da cidade. "Não adianta também tapar o sol com a peneira e falar que fazer exercício vai resolver o problema de quem fica quatro horas no trânsito. Até porque para essa pessoa é difícil encaixar a atividade na rotina", afirma.



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Fonte: Cross Content
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