Esquecimento normal ou demência? Quando procurar ajuda
O diagnóstico precoce é fundamental para identificar condições cerebrais como demência, Alzheimer, AVC silencioso, entre outras
Esquecer onde deixou os óculos ou o nome de um ator é algo comum. No entanto, repetir a mesma pergunta várias vezes no mesmo dia, perder compromissos frequentes ou se desorientar em locais conhecidos pode ser mais do que simples distração. Segundo explica o neurocirurgião Dr. Orlando Maia, do Hospital Quali Ipanema, esse esquecimento podem indicar alterações cognitivas iniciais. O diagnóstico precoce é fundamental para identificar condições cerebrais como demência, Alzheimer, AVC silencioso, entre outras.
É importante estar atento a sinais como:
- Dificuldade para organizar tarefas simples;
- Mudanças de humor ou comportamento;
- Esquecimento de nomes e compromissos frequentes;
- Desorientação no tempo ou no espaço.
Nem todo esquecimento é alzheimer
O Dr. Orlando ressalta que nem todo esquecimento é sinal de Alzheimer ou de outros distúrbios. Porém, quando esses episódios se tornam frequentes e causam prejuízos nos compromissos pessoais, profissionais ou nas tarefas do dia a dia, é necessário procurar avaliação médica. Isso é ainda mais importante se os sintomas vierem acompanhados de dor de cabeça, fadiga mental, dificuldade de concentração, perda de força, formigamento ou alterações sensoriais.
"Na doença de Alzheimer, por exemplo, a primeira observação clínica é o prejuízo da memória. No entanto, é importante lembrar que o esquecimento não é o único sintoma. Também podem ocorrer humor deprimido, agitação psicomotora, agressividade, apatia e perturbações no ciclo do sono", explica o médico.
Para falar mais sobre o tema, indicamos o Dr. Orlando Maia, especialista com reconhecimento nacional e internacional em tratamentos neurocirúrgicos endovasculares. Com mais de 30 anos de carreira e mais de 20 mil cirurgias realizadas em hospitais brasileiros, o neurocirurgião atua no tratamento de doenças cerebrovasculares, como AVC, aneurisma cerebral, MAV cerebral (malformação arteriovenosa), estenose de carótida, fístulas carótido-cavernosas e tumores cerebrovasculares.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Campos, em 1995, é especialista em neurorradiologia intervencionista, membro titular da World Federation of Neuroradiology, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro. Atualmente, é também vice-presidente do Congresso Brasileiro de Neurocirurgia 2026.