Dicas para manter o clima de Natal no encontro com a família (sem perder o réu primário)
Para evitar que a ceia vire um episódio de reality show de luta, especialistas em comportamento trazem dicas valiosas para manter o espírito natalino — e a sua paciência — no lugar
O Natal tem tudo para ser a "época mais maravilhosa do ano", mas convenhamos: basta juntar no mesmo recinto aquela tia que pergunta dos namorados e o primo que quer debater política para a receita do caos estar pronta. Se você passa o ano todo sem ver certas pessoas, talvez haja um motivo geográfico (ou psicológico) para isso. Mas calma! Para evitar que a ceia vire um episódio de reality show de luta, especialistas em comportamento trazem dicas valiosas para manter o espírito natalino — e a sua paciência — no lugar.
1. Natal de comercial de margarina talvez não exista
Primeiramente, ter esta noção pode ser suficiente pra evitar desilusões familiares. Todos em volta da mesa são humanos, por isso, erram. Então, entenda que o Natal perfeito só existe no Instagram alheio. A psicoterapeuta Philippa Perry, em entrevista à BBC News sugere que baixemos a guarda e as expectativas. Em vez de perseguir aquela ceia impecável dos filmes, que tal focar no "Natal suficientemente bom"? Menos pressão por perfeição significa menos culpa e, consequentemente, menos vontade de sair correndo antes da sobremesa.
2. A guerra dos presentes (que ninguém ganha)
Trocar presentes é uma delícia, né? Porém, quando juntamos a obrigação de enfrentar um shopping lotado com a necessidade de dar 'o melhor' presente, pode ser que haja um surto. Cá entre nós: em algumas famílias, às vezes, parece um campeonato mundial de quem gasta mais. Se o orçamento do tio rico é diferente do seu, não entre nessa. O que as crianças realmente lembram depois é de quem sentou no chão para brincar com elas, e não do valor na nota fiscal. Afinal, atenção ainda é o artigo mais luxuoso do mercado.
3. O "interrogatório" do tio sem noção
"Ainda não casou?" "Separou? Mas já?" "Emagreceu muito!" "Ah, como engordou..." Basta sentar à mesa, tranquilamente, com a paz de Jesus, saboreando a taça de vinho para a enxurrada de opiniões não solicitadas aparecer. Aquele tio sem a mínima noção - ou educação - está pronto para acabar com o clima de Natal. Segundo a psicóloga Sarah Turner, esses comentários passivo-agressivos geralmente dizem mais sobre a insegurança de quem fala do que sobre você. A dica de ouro para esses momentos é a "pausa dramática". Antes de responder atravessado, respire. Não deu certo? Respire novamente. Beba água. Além disso, uma tática infalível é pedir para a pessoa explicar o que ela quis dizer com aquilo; geralmente, ao ter que repetir o comentário ácido, a pessoa percebe o climão e recua estrategicamente.
No fim das contas, o Natal é sobre conexão (e talvez sobre quem fica com o último pedaço de pavê). Com um pouco de jogo de cintura e as expectativas ajustadas, dá para sobreviver às dinâmicas familiares e ainda garantir boas risadas — de preferência, com os parentes que você realmente gosta.