Dia de São Maximiliano M. Kolbe, que tornou-se mártir na Segunda Guerra
Presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, São Maximiliano Kolbe tornou-se vítima do Holocausto; conheça mais sobre sua história
Hoje, dia 14 de agosto, é celebrado o dia de São Maximiliano Maria Kolbe, conhecido por ter se tornado um mártir na Segunda Guerra Mundial e vítima do Holocausto no lugar de outro prisioneiro. Conheça mais sobre sua história.
Infância e vocação religiosa (1894 - 1910)
Maximiliano Kolbe nasceu em 7 de janeiro de 1894, em Zduńska-Wola, na Polônia, então sob domínio russo. Filho de um tecelão e de uma parteira profundamente religiosos, recebeu no batismo o nome de Raimundo. Desde cedo, demonstrou inclinação espiritual e, aos 13 anos, ingressou no seminário franciscano, adotando o nome Maximiliano Maria Kolbe.
Formação e ordenação (1910 - 1918)
Após estudar na escola dos franciscanos em Leópolis, entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais. Passou por Cracóvia e, depois, Roma, onde permaneceu seis anos, estudando Filosofia e Teologia. Em 28 de abril de 1918, a Igreja o ordenou sacerdote. Celebrou-se sua primeira missa em 29 de abril, na capela de Sant'Andrea delle Fratte, local ligado à conversão milagrosa de Afonso de Ratisbona, história que o marcou profundamente.
Fundação da Milícia da Imaculada (1917 - 1921)
Ainda em Roma, mesmo debilitado pela tuberculose, Kolbe fundou, em 1917, a Milícia da Imaculada, associação religiosa com o objetivo de levar todos a Cristo por meio de Maria. Em 1921, já em Cracóvia, lançou o periódico O Cavaleiro da Imaculada, que rapidamente se popularizou.
Em Grodno, criou uma tipografia modesta para imprimir sua revista, atraindo jovens ao ideal franciscano. Graças a uma doação de terras, fundou em Varsóvia a Niepokalanów - "Cidade de Maria" -, que cresceu rapidamente, tornando-se um pólo editorial católico. O Cavaleiro da Imaculada alcançou uma tiragem milionária e ganhou outras publicações associadas. Maximiliano acreditava na comunicação como meio de evangelização, e tinha o sonho de utilizar meios como rádio, imprensa e filmes para este fim.
Missões internacionais (1930 - 1936)
Em 1930, Kolbe viajou ao Japão, onde fundou a "Cidade de Maria" em Nagasaki, que resistiu intacta à bomba atômica de 1945. Também abriu uma casa missionária na Índia. Apesar da saúde frágil, retornou à Polônia para continuar o apostolado.
Guerra, resistência e prisão (1939 - 1941)
Com a invasão nazista em 1º de setembro de 1939, Niepokalanów foi ocupada, transformando-se em abrigo para milhares de refugiados, incluindo 1.500 judeus. Preso em 19 de setembro de 1939, foi libertado em dezembro, mas voltou a ser capturado em 17 de fevereiro de 1941, após recusar a cidadania alemã. Em 28 de maio de 1941, deportaram-no para Auschwitz, recebendo o número 16670.
O martírio em Auschwitz (julho - agosto de 1941)
Em julho, após a fuga de um prisioneiro, condenaram-se dez homen a morrer de fome. Kolbe se ofereceu para ocupar o lugar de um pai de família, passando 14 dias rezando com os outros condenados. Ainda vivo, recebeu, em 14 de agosto de 1941, uma injeção letal de ácido fênico, entregando-se a Deus com a oração da Ave Maria. Incinerou-se seu corpo no dia seguinte, festa da Assunção de Maria.
Reconhecimento e legado
Canonizado em outubro de 1982 pelo Papa João Paulo II, São Maximiliano Kolbe é patrono dos comunicadores católicos e exemplo de entrega total ao próximo. Visionário na evangelização, utilizou imprensa, rádio e missões internacionais para propagar a fé. Sua "arma espiritual", a Medalha Milagrosa, continua a inspirar fiéis em todo o mundo com seu lema: "Conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada."