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Preparador do Brasil na competição Bocuse d'Or duvida da vitória

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A final do Bocuse d'Or, referência mundial entre os concursos de gastronomia e conhecido como "olimpíadas da cozinha", foi iniciada nesta terça-feira (29) em Lyon com a participação do Brasil, representado por Fábio Watanabe, de Mogi das Cruzes, São Paulo. 

Fábio Watanabe, de Mogi das Cruzes, representa o Brasil na final do concurso Bocuse d'Or
Fábio Watanabe, de Mogi das Cruzes, representa o Brasil na final do concurso Bocuse d'Or
Foto: AFP

Em um ambiente frenético, com os cozinheiros preparando seus pratos frente aos gritos de incentivo de cerca de duas mil pessoas, 24 países de cinco continentes competem durante dois dias, no Salão Internacional da Restauração, Hotelaria e Alimentação (SIRHA).

Na fase sul-americana, Guatemala, Brasil e México ficaram nestas posições respectivamente. Porém, as possibilidades das equipes latino-americanas neste concurso são praticamente nulas, segundo a opinião do preparador brasileiro, o francês que reside no Rio de Janeiro David Jobert.

"O paladar do júri é europeu", afirma Jobert fazendo, dizendo que metade dos 24 jurados são chefs do velho continente e somente três são latino-americanos.

"Em 48 horas, não se pode mudar a história e nem a cultura" do júri, porque conhece pouco a gastronomia de países como o Brasil, adverte Jobert, chef do Atelier du Cuisinier, no Rio de Janeiro.

A 14ª edição do concurso é marcada pela incorporação de um novo regulamento que leva em conta as peculiaridades culinárias de cada país e favorece a improvisação e criatividade dos pratos.

Os organizadores quiseram acabar com a imagem de um concurso que premia basicamente a técnica e a perfeição que muitos participantes adquiriram com muitos meses de treinos sobre um mesmo menu, por isso que foram introduzidas novas regras destinadas para ver a capacidade de improvisação dos participantes.

Na véspera da competição, os chefs têm uma hora para desenhar um prato com os ingredientes que encontraram em um mercado que está à disposição na feira.

Se a carne escolhida para a competição, filé mignon irlandês, foi anunciado em julho de 2012, o pescado - linguado e a lagosta azul - só foram anunciados em novembro.

E para impulsionar a diversidade culinária, uma das três guarnições para o pescado tem que ser típica do país participante.

Os pratos são expostos e recebem pontuação máxima de 100 pontos, dos quais 40 são dados ao sabor, 20 à apresentação, 20 à originalidade e o resto a outros aspectos como higiene, o trabalho em equipe e o desperdício de alimentos.

A França, ganhadora de seis troféus, e os países nórdicos são os tradicionais vencedores do Bocuse d'Or, realizado a cada dois anos. Na edição passada, a Dinamarca foi vencedora com o chef Rasmus Kofoed, seguida por Suécia e Noruega.

Com informações da EFE

Fonte: Terra
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