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Nutricionistas alertam para o consumo moderado de guloseimas

7 mar 2013 - 07h04
(atualizado em 7/3/2013 às 21h10)
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Ter uma alimentação saudável é essencial em todas as fases da vida, especialmente na infância. Comidas adequadas nesse período podem ser cruciais para a vida adulta e têm influência direta não só no desenvolvimento físico, mas também intelectual da criança. Além disso, é na fase escolar que são formados os hábitos alimentares. Segundo as nutricionistas do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (Cecane) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ana Luiza Scarparo, Fernanda Rockett e Rafaela Corrêa, a alimentação adequada pode prevenir doenças e é fundamental para o bom desempenho escolar, uma vez que dá energia e melhora a capacidade de concentração e memória. Por isso, é preciso atenção a todas as refeições dos pequenos, incluindo o lanche que levam para a escola.

Guloseimas devem ser consumidas com moderação
Guloseimas devem ser consumidas com moderação
Foto: Getty Images

Levar de casa ou comprar na escola?

Ao escolher entre levar o lanche de casa, comprar ou consumir o fornecido pela escola, devem ser considerados fatores como tempo disponível para o preparo, orçamento familiar, possibilidade de armazenamento adequado e o tipo de alimento oferecido na cantina ou no bar da escola. Alguns colégios oferecem opções saudáveis nas cantinas, mas é comum que sejam cometidos alguns erros. Claudia Coelho, professora e mestre em ciência e tecnologia de alimentos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, conta que muitas vezes são oferecidos salgadinhos que não são fritos, no intuito de deixar os lanches mais saudáveis - uma medida considerada louvável, mas não suficiente. “A maioria dos alimentos das cantinas é industrializada, os salgados assados podem conter alto teor de gordura, são ofertados poucos alimentos frescos e é difícil haver frutas, o que não estimula o consumo de comidas saudáveis”, afirma a professora.

Quando se opta por levar o lanche de casa, a dica é aproveitar o momento do preparo para estimular a escolha de alimentos saudáveis. Apesar de demandarem um tempo maior, os lanches preparados em casa são, geralmente, opções mais baratas e permitem aos pais um controle maior de sua composição. Para as nutricionistas do Cecane, deixar que os filhos participem da preparação ou da compra dos lanches é uma boa oportunidade para conversar sobre a importância de determinado alimento que está sendo incluído e explicar por que outro não está. Essa atividade pode colocar as crianças como responsáveis por sua alimentação, auxiliando no desenvolvimento de sua autonomia.

Guloseima: vilã ou aliada?

Na hora de escolher os componentes do lanche, o segredo é o equilíbrio: alimentos variados em pequenas quantidades. Para Claudia, o lanche ideal deve conter uma porção de carboidrato (pão ou bolo, de preferência integral e sem cobertura ou recheio), uma porção de fruta e um líquido que pode ser suco (se for industrializado, atenção aos níveis de sódio e açúcar), ou bebida láctea (dando preferência às com maior nível de cálcio). As nutricionistas do Cecane sugerem que sejam consumidos iogurtes, salada de frutas, sanduíches naturais, biscoitos sem recheio, sucos naturais, barras de cereal e muita água.

Uma das maiores dúvidas dos pais ao preparar o lanche são as guloseimas. Nesse ponto, até mesmo as especialistas divergem. Segundo Claudia, as guloseimas podem estar presentes no cardápio todos os dias. “É preciso alimentar o corpo e a alma”, justifica. Para a professora, não se deve impedir o consumo de nada, mas sempre com moderação. Para ela, as guloseimas podem ser aliadas. “Dá pra colocar junto com os alimentos saudáveis para que a criança se sinta feliz ao comer o lanche todos os dias, e não deixar para comer guloseima uma única vez na semana porque ela pode pensar que só nesse dia o lanche é gostoso”. Já as nutricionistas do Cecane consideram que o consumo de chocolate, balas e outros doces deve ser eventual em função do teor de gordura, açúcar, sal, corantes, acidulantes e conservantes que estão presentes nesses alimentos. As profissionais também alertam para o risco de aumento de sobrepeso, obesidade, hipertensão e outras doenças crônicas na infância. Ou seja, não há consenso sobre a presença de guloseimas no lanche escolar, mas sim quanto à necessidade de que o seu consumo seja moderado.

De olho na lancheira

Além da escolha dos alimentos corretos, é preciso estar atento à forma de conservação do lanche das crianças. Se o lanche contiver frios, a lancheira deve ser térmica. A dica da professora Claudia Coelho é colocar o suco no congelador antes de levar, deixar quase congelado pra que fique resfriado por mais tempo ou usar gelos artificiais, revestidos de plástico, para resfriar a lancheira. Outra boa opção é reaproveitar garrafinhas PET, “se colocar água dentro e congelar, pode usar como gelo, e se a água for filtrada, dá pra tomar a água fresquinha”, sugere. Para as nutricionistas do Cecane, uma boa recomendação é preparar o lanche próximo ao horário da escola, para que o tempo até seu consumo seja o menor possível, além de instruir as crianças a consumir o lanche no horário planejado. 

Para os lanches que não precisam de refrigeração, o aluno pode optar por potes, embalar em papel filme ou alumínio. É recomendado ainda que as frutas sejam enviadas de casa já lavadas, lembrando sempre que os alimentos devem estar separados dos outros materiais guardados na mochila.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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