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Lipedema no verão: calor intensifica a dor e o inchaço nas pernas

Sintomas acabam piorando no verão, mas isso pode ser contornado

9 dez 2025 - 13h54
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Entenda por que as altas temperaturas agravam os sintomas da doença e descubra estratégias práticas para atravessar a estação com mais conforto

O verão é lembrado por dias de sol, praia, piscina e roupas leves. Porém, para quem convive com lipedema, ele pode ser sinônimo de maior desconforto físico e emocional. O calor intenso provoca alterações importantes no corpo que acabam agravando a dor, o inchaço, a queimação e a sensação de peso típicos dessa condição crônica que afeta principalmente pernas, quadris e braços.

Freepik
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Foto: Revista Malu

Isso ocorre porque, em temperaturas elevadas, o organismo responde por meio da vasodilatação, um processo natural em que os vasos sanguíneos se expandem para ajudar na regulação térmica. Essa dilatação, entretanto, favorece o acúmulo de líquidos e dificulta ainda mais o retorno venoso e linfático, mecanismos já comprometidos em pessoas com lipedema.

Calor influencia sim

A cirurgiã plástica Carine Barreto, referência no tratamento da doença, comenta que o impacto do calor é perceptível para a maioria das pacientes. "Nos dias quentes, é comum que as pacientes percebam as pernas mais pesadas, doloridas e sensíveis ao toque. O calor aumenta a retenção de líquidos e reduz a eficiência da circulação, o que agrava os sintomas do lipedema".

Além do desconforto físico, o verão também pode trazer desafios emocionais, já que muitas mulheres se sentem inseguras ao usar roupas mais curtas. A combinação de dor aumentada, edema e sensibilidade torna a escolha do vestuário mais difícil, contribuindo para a sensação de cansaço e frustração durante a estação.

"Hidratação adequada, uso de meias de compressão, drenagem linfática manual e evitar exposição prolongada ao calor ajudam muito a controlar o desconforto. Pequenas mudanças de rotina podem tornar o verão mais leve para quem convive com lipedema", reforça Carine.

Entre as estratégias mais recomendadas estão:

  • Beber bastante água para auxiliar o sistema linfático;
  • Evitar banhos muito quentes, que aumentam ainda mais a vasodilatação;
  • Fazer pausas durante o dia para elevar as pernas;
  • Optar por exercícios em ambientes climatizados ou ao ar livre nos horários mais frescos (manhã cedo ou fim da tarde);
  • Priorizar atividades aquáticas, como hidroginástica, natação ou caminhada na água, que aliviam o peso nas articulações e estimulam a circulação;
  • Usar roupas leves e confortáveis, que não comprimam áreas sensíveis e tecidos que favoreçam a troca de calor como algodão linho e seda;

Com preparo e atenção aos sinais do corpo, é totalmente possível viver um verão mais confortável, e até aproveitar ainda mais a leveza da estação. O conhecimento sobre o lipedema e o cuidado contínuo são aliados fundamentais para enfrentar o calor sem sofrer tanto com os sintomas. "Hoje existem meias compressivas que são térmicas e mais leves evitando o calor excessivo de meias mais grossas e com pouca troca de calor", destaca Carine.

Por fim, a cirurgiã destaca a importância de ouvir o próprio corpo. "Cada paciente sente o lipedema de uma forma. Algumas têm mais dor, outras mais inchaço. O ideal é adaptar o dia a dia conforme os sintomas e buscar acompanhamento especializado para manter a qualidade de vida".

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