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Brasileiro entra na lista dos cientistas mais influentes; conheça seu estudo

O especialista em insetos Luciano Moreira ganhou destaque na revista 'Nature', uma das maiores publicações cientificas do mundo, ao ajudar no combate à disseminação do vírus da dengue no país

9 dez 2025 - 16h06
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O brasileiro Luciano Moreira foi incluído pela 'Nature', uma das maiores revistas científicas do mundo, na lista dos dez cientistas mais influentes de 2025. O levantamento, de acordo com a publicação, busca reconhecer pesquisadores e projetos que tiveram impacto direto nas populações ao longo deste ano.

O especialista em insetos Luciano Moreira ganhou destaque entre os cientistas na lista da 'Nature' ao ajudar no combate à dengue no país
O especialista em insetos Luciano Moreira ganhou destaque entre os cientistas na lista da 'Nature' ao ajudar no combate à dengue no país
Foto: Reprodução/Instagram/@wmpbrasil / Bons Fluidos

"A ciência moderna é conduzida por equipes, muitas vezes grandes, mas o mundo da pesquisa está repleto de histórias humanas de indivíduos trabalhando. A 'Nature's 10' não é um prêmio ou uma classificação entre os dez primeiros, mas uma lista que explora desenvolvimentos importantes na ciência neste ano, e algumas das pessoas que desempenharam papéis importantes neles, juntamente com seus colegas", esclarecem os editores, em comunicado.

Saiba como Moreira entrou na lista de cientistas

O especialista em insetos desenvolveu, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o 'Método Wolbachia' para combater o avanço da dengue no país. A estratégia, criada em 2009, consiste em infectar mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, o que reduz o risco de eles contraírem o vírus e o transmitirem a outros da espécie.

Além de desenvolver a tática, Luciano Moreira dirige hoje uma biofábrica de "wolbitos", como são chamados os insetos contaminados, em Curitiba. No local, cientistas injetam o microrganismo em um número grande de mosquitos e, em seguida, os liberam em áreas urbanas. Assim, ao se reproduzirem, eles conseguem espalhar o inibidor da enfermidade para as novas gerações.

O 'Método Wolbachia' já passou por testes e está sendo implementado em diferentes estados, como Rio de Janeiro, Brasília e Blumenau. De acordo com as instituições parceiras, nessas regiões os casos de dengue registraram uma redução significativa. Um levantamento recente da Fiocruz mostrou, por exemplo, que em Campo Grande, onde a bactéria atingiu níveis estáveis, houve uma diminuição de 63,2% na incidência da doença.

Lula parabeniza o pesquisador

Em entrevista ao 'g1', Moreira contou qual foi sua primeira reação ao descobrir o destaque que ganhou no cenário internacional. "Eu fiquei muito emocionado, quase não acreditei. Acho muito importante, no Brasil, a gente conseguir fazer pesquisas de ponta. E o que mais me dá satisfação é ver que estamos conseguindo reduzir o sofrimento e as mortes no país. Estamos mostrando como a ciência consegue ajudar tantas pessoas", relatou.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre a conquista do pesquisador, afirmando que foi "um grande motivo de orgulho". "Em algumas cidades brasileiras onde essa tecnologia está sendo usada, os casos de dengue caíram expressivamente. Isso só é possível porque contamos com instituições de renome internacional, como a Fiocruz, com investimentos sólidos em ciência e forte cooperação em pesquisa, e com pesquisadores comprometidos como Luciano Moreira", concluiu o governante.

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