Como lidar com a rejeição sem perder a autoestima?
A rejeição, por mais dolorosa que seja, é uma das experiências mais universais da vida adulta. Seja no amor, no trabalho, nas amizades ou até em projetos pessoais, ouvir um “não” costuma acionar nossas inseguranças mais profundas. A forma como reagimos a esses episódios diz muito mais sobre nós do que o motivo da recusa em si.
"A rejeição é uma experiência humana universal, mas muitas pessoas a interpretam como um sinal de inadequação. Do ponto de vista psicológico, é essencial compreender que ser rejeitado não define o valor de ninguém — muitas vezes envolve circunstâncias, expectativas incompatíveis ou limites saudáveis do outro", explica a psicóloga Juliana Pereira.
Segundo a especialista, para preservar a autoestima, a pessoa deve validar seus sentimentos, reconhecer a dor sem se culpar e buscar reinterpretar o episódio de forma mais realista, evitando pensamentos automáticos de desvalor.
"A autocompaixão, recomendada pela Sociedade Brasileira de Psicologia, é uma ferramenta poderosa: tratar-se com gentileza, reconhecer qualidades próprias e reforçar vínculos positivos. Além disso, manter uma vida com múltiplas fontes de afeto, propósito e pertencimento impede que a validação venha de um único lugar", conclui.
Lidar com a rejeição sem perder a autoestima é, acima de tudo, um exercício de maturidade emocional. Exige gentileza, paciência e a capacidade de reconhecer que, apesar dos tropeços, o próprio valor permanece intacto.
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