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Censura de nudez artística do Facebook irrita museus belgas

Publicações foram removidas da rede social, apesar de não desrespeitarem norma

30 jul 2018 - 19h08
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Diversos museus belgas estão se juntando para combater as normas de nudez estipuladas pelo Facebook. A principal queixa é de que publicações que contêm obras de arte com nudez artística estão sendo removidas pela rede social.

Mais de uma dúzia de oficiais de arte belgas redigiram uma carta destinada ao CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, indagando o porquê da plataforma não fazer distinção entre exposição pornográfica e nudez artística. Ainda no documento, eles mencionam a importância de Flandres, no norte da Bélgica, para a história da arte. Artistas como Peter Paul Rubens, Anthony van Dyck e Jacob Jordaens são expoentes da pintura flamenga e suas obras estão expostas em museus da região.

Para satirizar o fato e criticar a situação, uma agência de turismo de Flandres produziu um vídeo em que as pessoas do Museu Rubens eram abordadas. Quem tivesse conta em alguma rede social, era impedido de ver a nudez nos quadros.

Segundo as normas do Facebook, a exibição de imagens com nudez ou atividade sexual são restritas porque algumas pessoas podem ser sensíveis a esse tipo de conteúdo. Entretanto, as fotos de pinturas, esculturas e outras obras de arte que retratem figuras nuas podem ser compartilhadas na rede social.

Apesar de ser permitido publicar as imagens, os museus belgas não conseguem impulsionar o conteúdo para atingir um público maior, já que a publicação é removida da rede social. Dessa forma, acreditam que o fluxo de turistas está diminuindo porque encontram dificuldades em divulgar os locais.

Confira o vídeo publicado pela agência de viagens (em inglês):

Estadão
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