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Casos de TDAH e autismo não estão aumentando, segundo vencedor do "Oscar da saúde mental"

Pela primeira vez, o Prêmio Ruane reconheceu alguém da América Latina; e, por um acaso, este homem é brasileiro e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

31 out 2025 - 17h48
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O que mais vemos diversas pessoas dizerem é que os casos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e de Transtorno do Espectro Autista (TEA) - também conhecido popularmente como autismo - estão aumentando. E essa é a impressão que podemos ter no dia a dia também, por causa da nossa convivência com as pessoas que possuem estas condições. Porém, segundo o vencedor do "Oscar da saúde mental" e psiquiatra brasileiro, Luis Augusto Rohde, isso não é verdade. Entenda:

O que mais vemos diversas pessoas dizerem é que os casos de TDAH e de autismo estão aumentando, mas isso é mentira segundo o psiquiatra
O que mais vemos diversas pessoas dizerem é que os casos de TDAH e de autismo estão aumentando, mas isso é mentira segundo o psiquiatra
Foto: depositphotos.com / sangoiri / Bons Fluidos

Casos de TDAH e autismo não estão aumentando

Pela primeira vez, o Prêmio Ruane reconheceu alguém da América Latina. E, por um acaso, este homem é brasileiro e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que ganhou o prêmio por sua pesquisa psiquiátrica infantil e de adolescentes. E, em entrevista ao 'O Globo', ele trouxe a realidade contrastante.

TDAH

Primeiramente, ao ser questionado sobre um possível aumento dos casos, ele respondeu: "Quando olhamos a frequência de TDAH na população e controlamos os aspectos metodológicos dos estudos, não há diferença entre a prevalência nos diferentes países. Nós avaliamos mais de 102 estudos em todo o mundo e vimos que o transtorno afeta cerca de 5% das crianças e adolescentes. Depois, analisamos as mudanças nos últimos 30 anos e vimos claramente que, quando novamente se ajustam as questões metodológicas, não houve aumento do que chamamos de  prevalência populacional. Já quando se avalia a prevalência administrativa, que é a procura por serviços de saúde, temos um aumento em diversos locais do mundo"

O que acontece, na verdade, é que há "uma maior conscientização sobre o diagnóstico e começamos a reconhecer mais o TDAH em meninas e em adultos. Até pouco tempo, o transtorno era visto como algo restrito ao sexo masculino, porque era muito associado apenas à hiperatividade".

TEA/autismo

Já em relação ao TEA ou autismo, ele afirmou que não houve aumento dos casos em 20 anos. "Acontece que, hoje, não trabalhamos mais com aquela visão muito restrita, que considera somente a ausência de comunicação verbal. Expandimos para uma noção de espectro, com uma flexibilização dos critérios diagnósticos. Com isso, algumas coisas, que antes eram chamadas de traços de autismo ou de apenas características pessoais, hoje, são parte do TEA. Essa flexibilização muito grande em termos do que é o diagnóstico levou ao aumento da prevalência".

Leia também: Como saber que um adulto tem autismo?

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