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A paisagem lunar do deserto de Atacama

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A viagem ao deserto do Atacama, no Chile, vale cada grão de areia. Para começar, a cidadezinha de San Pedro de Atacama é um oásis, algo desconhecido para nós, brasileiros. Naquela amplidão árida, com terra, areia e rochas para onde quer que se olhe, surge de repente lá no horizonte um ponto verde. Ao chegar, nota-se que nas poucas ruas do povoado todas as casas são iguais: possuem a mesma coloração e dão a impressão de que ali o tempo parou. É que na região todas as construções - dos humildes casebres aos hotéis mais luxuosos - são feitas com adobe, tijolos de terra crua, palha e água.

A bela lagoa Miniques, no Atacama (Chile)
A bela lagoa Miniques, no Atacama (Chile)
Foto: Divulgação

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É nesse povoado que turistas, guias de hotéis (uma moçada bonita) e a galera que foi conhecer o deserto e por lá se instalou (mochileiros europeus) se juntam à população local (cerca de 5 mil pessoas) para caminhar pelas ruas, comprar artesanías e jantar em restaurantes charmosos a céu aberto - há lugares no Atacama em que não chove há mais de uma década! O Café Adobe, por exemplo, é um desses lugares. Como não tem teto, o ideal é pegar uma mesa em volta da fogueira e observar o céu megaestrelado, enquanto saboreia um risoto de quínua com cogumelos.

É durante o dia, no entanto, que as coisas realmente acontecem no deserto. Há muitos e muitos passeios, a maioria já organizados e inclusos nas tarifas dos hotéis. No Valle de La Luna, uma depressão gigantesca que lembra a superfície lunar, o bacana é caminhar por entre as formações rochosas esquisitas formadas e moldadas por dilúvios e pelo vento durante milhões de anos. O Anfiteatro é a mais impressionante: uma rocha gigante, que realmente lembra os antigos lugares de espetáculos ao ar-livre.
Aos pés do vulcão Tatio, a 4.300 metros de altitude, ficam os gêiseres. Todo dia ao amanhecer, quando a temperatura está abaixo de zero, jatos de água fervente que alcançam 85ºC jorram de fissuras na superfície. Mas esse passeio só vale se o céu estiver limpo. Quando está nublado, os jatos não chegam a impressionar. Saindo de lá, no meio do caminho você encontrará o velho povoado de Machuca. Tem uma única rua e é praticamente desabitado. Um detalhe, porém: é ali que você vai se deliciar com as mais saborosas empanadas da região.
Outro passeio obrigatório são as termas de Puritama. Trata-se de pequenas piscinas de água cristalina e quente. Do lado de fora, um frio de rachar. Lá dentro, água a 37º C. Lugar perfeito, para se recuperar o fôlego depois de descer a montanha.
Já nas belas Lagoas Altiplanicas, azuis, azuis, azuis, faz o maior frio, mesmo quando está sol. São duas as mais famosas, Miscanti e Miñiques, rodeadas por montanhas. Caminhar por ali é lindo, mas como se está a 4 mil metros acima do nível do mar, pode faltar ar. Cuidado: pare, inspire e expire bem devagar.
Parte da Reserva Nacional Los Flamencos, o célebre Salar do Atacama é rodeado por vulcões e lagoas. Os amantes da vida selvagem vão encontrar ali lhamas e flamingos, estes concentrados na magnífica Lagoa de Tara.
Um trekking pelo Valle de Cactus também deve estar na lista de passeios. Subindo pelo cânion, você vai encontrar os gigantes de Puritama, cactos cardón, tidos como dos maiores do mundo, que podem ter mais de 600 anos de idade e 6 metros de altura (eles crescem apenas 1 cm por ano).
Quem tem preparo físico e se aclimatou bem na região pode tentar a subida ao Lascar, vulcão ativo que fica a 5.580 metros, ou ao Licancabur, o maior de todos (5.916 metros), imponente, e que pode ser visto na maioria dos passeios pelo deserto. A escalada dura um dia e depende muito das condições climáticas.
No Atacama o bom mesmo é andar, passear a cavalo, de bicicleta ou escalar vulcões. É uma viagem para quem gosta de aventura e de esportes. Nada radical, mas é necessário caminhar para apreciar a beleza do lugar. E o melhor de tudo: após passar o dia no meio do sol, do vento e da poeira, é hora de aproveitar o conforto de hotéis charmosos com massagens, lareira e um bom vinho. É assim no Tierra Atacama, hotel boutique com poucos quartos, alguns com vista para o Licancabur, outros para o deserto, mas todos com varandas particulares.
Lá é possível relaxar numa jacuzzi com vista para o vulcão ou curtir a piscina aquecida com jatos d´água enquanto se degusta um vinho da casa ou um pisco sauer. Tudo na maior privacidade. A arquitetura foi concebida para preservar a cultural local e criar um espaço para os turistas com muita tranquilidade e quietude. Você tem aquele deserto imenso ao seu redor e aconchego de sobra num ambiente que é só seu. Um infinito particular, literalmente.

SERVIÇO

Café Adobe: Calle Caracoles, 211, tel. (56 55) 851-132

Tierra Atacama: Calle Séquitor, s/n, Ayllú de Yaye, tel. (56 55) 555-977

Fonte: Especial para Terra
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