A ciência já sabe quanto tempo o fígado leva para se recuperar a cada vez que você bebe álcool (e como reduzir os danos)
Pesquisadores investigam maneiras de prevenir danos hepáticos antes que se tornem graves
Por que o álcool nos afeta do jeito que nos afeta? A pergunta é tão científica quanto filosófica e acompanha a humanidade desde que o homem começou a beber vinho.
De tempos em tempos, alguns pesquisadores tentam respondê-la, reduzindo gradualmente o leque de possibilidades. Um dos estudos mais completos até hoje, realizado pela Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL) em parceria com a revista The Lancet, traz uma hipótese interessante.
A comissão EASL-Lancet
O relatório aponta, em primeiro lugar, uma mudança nas tendências das doenças hepáticas. Isso ocorre porque, enquanto há avanços no tratamento de doenças como as hepatites virais, os hábitos de consumo de álcool têm provocado retrocessos em outras áreas. O consumo excessivo de álcool e a obesidade estão entre os principais fatores de risco.
Os especialistas alertam para a necessidade de antecipar a doença. Segundo o estudo, a saúde do fígado ainda é tratada de forma reativa, o que faz com que as enfermidades só sejam abordadas em estágios avançados. Diante disso, os pesquisadores defendem maior investimento em diagnóstico precoce e prevenção.
Três dias de descanso e moderação
É nesse contexto que se enquadram as recomendações sobre o consumo de álcool. Sempre vale lembrar que há consenso entre especialistas: a quantidade diária recomendada é zero. Há alguma margem, mas, segundo os especialistas, ela é estreita.
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