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Trabalho de 'influencer mirim' gera prejuízo para crianças mesmo com monitoramento, diz pedagoga infantil

Ana Paula Yazbek é uma das convidadas do podcast 'Futuro Vivo', que já recebeu nomes como Gilberto Gil e Denise Fraga

17 out 2025 - 04h59
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Resumo
A pedagoga Ana Paula Yazbek alerta sobre os prejuízos da exposição de crianças como influenciadores digitais, criticando a adultização e destacando a importância de limites, diálogo e educação apropriada para protegê-las no ambiente online.

"Nociva". Essa foi a palavra que a pedagoga Ana Paula Yazbek escolheu para definir um termo falado à exaustão em discussões na internet, programas de TV e até no Congresso: a adultização. Desde que o perigo da superexposição de crianças nas redes foi denunciado pelo youtuber Felipe Bressanim, o Felca, a preocupação de responsáveis e educadores aumentou sobre o tema. Ao podcast Futuro Vivo, a especialista criticou perfis de influenciadores mirins e falou em como criar um ambiente digital mais seguro para os pequenos. 

A internet foi tomada pelo 'efeito Felca' em agosto deste ano, quando o influenciador decidiu expor redes de exploração infantil em plataformas digitais. Passados dois meses, o vídeo acumula mais de 50 milhões de visualizações e sua repercussão até mesmo ajudou na aprovação do PL 2.628/2022 na Câmara e no Senado. O texto que prevê o endurecimento nas regras de proteção a crianças no ambiente digital foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em setembro. 

A medida, que visa um maior monitoramento da atividade infantil nas redes, é importante para defender os menores do impacto nocivo da exposição. “[A adultização] é a antecipação de conteúdos que as crianças não têm condições de lidar", define Ana Paula em conversa com Victor Cremasco

Ofício de 'influencer mirim' gera prejuízo para crianças mesmo com monitoramento, diz pedagoga
Ofício de 'influencer mirim' gera prejuízo para crianças mesmo com monitoramento, diz pedagoga
Foto: Divulgação

“Depositar nas crianças coisas que são angústias dos adultos não é algo positivo. Quando pensamos na adultização, pensamos em coisas que são patologias da nossa sociedade; vamos para lugares perversos. Podemos ir para pedofilia, para a excessiva sexualização, consumo desenfreado…”, continua. 

Além de expostas a conteúdos inapropriados feitos por terceiros, algumas crianças passam também a produzir seus próprios vídeos para a internet. Em diversos perfis dos "influenciadores mirins", é comum ver o aviso na descrição: "conta monitorada pelos pais." Para Ana Paula, a supervisão não é suficiente.

“Acho extremamente sério [perfis infantis], inclusive quando famílias fazem isso. Mesmo quando há respeito à inteligência da criança, é grave. Porque essa exposição tira a fronteira entre o público e o privado." - Ana Paula Yazbek

Além de monitorar e impor limites, as melhores saídas são conversar com essas crianças de maneira apropriada e explicar os riscos. O melhor exemplo dado pela pedagoga vem na linguagem infantil: um conto de fadas. 

Ofício de 'influencer mirim' gera prejuízo para crianças mesmo com monitoramento, diz pedagoga
Ofício de 'influencer mirim' gera prejuízo para crianças mesmo com monitoramento, diz pedagoga
Foto: Divulgação

"Na história da Bela Adormecida, optaram por tirar os fusos de roca da frente da princesa e ela só foi ter contato com o tal fuso da roca aos 16 anos. A primeira coisa que ela fez foi furar o dedo, porque ninguém nunca contou para ela que aquilo era algo perigoso", narra. "Se alguém tivesse contado, a chance dela não ter posto o dedo ali era maior. Talvez ela também pusesse, mas teria a chance, porque alguém teria contado. Então, a gente tem que saber que educação é uma boa aposta", completa. 

Fonte: Futuro Vivo
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