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Os 10 circuitos que já receberam a F1 nos Estados Unidos

Apesar de não ser o país mais tradicional na F1, os EUA são quem mais tem circuitos recebendo a categoria

20 out 2021 - 20h37
(atualizado às 22h42)
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Os Estados Unidos recebem a F1 desde 1950, com algumas pausas, e muitas vezes recebendo dois GPs, ou até três, como foi o caso de 1982. Por isso, vamos listar todas as pistas que já receberam a categoria.

1 - Indianapolis Motor Speedway

Michael Schumacher vencendo o GP dos EUA de 2000
Michael Schumacher vencendo o GP dos EUA de 2000
Foto: Scuderia Ferrari / Twitter

Um dos mais tradicionais circuitos do mundo, Indianapolis recebeu a categoria 19 vezes. As 10 primeiras, entre 1950 e 1960 foram quando as 500 Milhas fizeram parte do calendário. Em 2000, a F1 voltou ao circuito, agora como GP dos EUA, em um traçado misto que usava parte do oval. O contrato com a pista de Indiana durou até 2007.

2 - Sebring International Raceway

O circuito de Sebring recebendo as 12 Horas, sua prova mais importante
O circuito de Sebring recebendo as 12 Horas, sua prova mais importante
Foto: IMSA / Twitter

Outra pista tradicional, recebe todos os anos as 12 Horas de Sebring, uma das três provas mais importantes do endurance mundial. No ano de 1959, recebeu o primeiro GP dos EUA e a última etapa do campeonato daquele ano, em Dezembro. Essa prova viu Jack Brabham vencer seu primeiro título com Bruce McLaren ganhando a prova com um Cooper. Foi a única prova realizada no circuito da Flórida.

3 -  Riverside International Raceway

Riverside recebendo a NASCAR no ano de 1988
Riverside recebendo a NASCAR no ano de 1988
Foto: Jay Bonvouloir / Wikimedia Commons

Riverside era um circuito localizado na Califórnia, inaugurado em 1957. Foi uma das pistas mais importantes para se entender a história do automobilismo americano, recebendo eventos dos carros esportivos e também da NASCAR. Foi lá também que a Ford fez a maioria dos testes com o GT40, cenas retratadas no filme Ford vs. Ferrari. Em 1960, recebeu a F1 pela única vez, o vencedor foi Stirling Moss, com a Lotus.

O Circuito foi fechado em 2 de Julho de 1989, por conta da especulação imobiliária. Atualmente,o terreno abriga um Shopping e casas. Dos circuitos permanentes dessa lista, é o único que não existe mais.

4 - Watkins Glen International

Tom Pryce no GP dos EUA de 1975, em Watkins Glen
Tom Pryce no GP dos EUA de 1975, em Watkins Glen
Foto: Wikimedia Commons

É o circuito americano que mais recebeu GPs de F1, com 20 edições entre 1961 e 1980. A pista está localizada no estado de Nova York e tem passagens importantes da história do automobilismo, como o título do brasileiro Emerson Fittipaldi em 1974, o primeiro da McLaren. 

O primeiro traçado da pista durou de 1961 até 1970 e tinha apenas 3.701m. A partir de 1971, o traçado foi aumentado para 5.435m, mantido até seu último GP. O que também mudou foi o nome do GP durante os anos: até 1975, se chamou GP dos EUA. A partir de 1976, mudou para GP do Leste dos EUA, por conta da adição de Long Beach, que começou a receber o GP do Oeste.

5 - Circuito de rua de Long Beach

O primeiro GP em Long Beach, 1976
O primeiro GP em Long Beach, 1976
Foto: F1 / Twitter

Long Beach nasceu como um sonho do britânico Chris Pook, de fazer uma “Mônaco Americana” em uma pista da Califórnia. Começou a receber a F1 em 1976, como já falado anteriormente, como GP do Oeste dos EUA até 1983. Entre alguns eventos importantes, foi lá que, em 1980, Nelson Piquet venceu sua primeira corrida. Foi também o primeiro traçado de rua que a categoria usou na terra do Tio Sam. 

6 - Caesars Palace - Las Vegas

Keke Rosberg recebendo se sagrando campeão em Las Vegas, 1982
Keke Rosberg recebendo se sagrando campeão em Las Vegas, 1982
Foto: F1 / Twitter

Caesars Palace é um dos mais famosos cassinos do mundo. Em 1981, a F1 fechou um acordo para correr no estacionamento do local para ser a última prova do ano. Foi lá que Nelson Piquet conquistou seu primeiro título. Em 1982, o circuito apareceu novamente fechando o calendário, com Keke Rosberg como campeão. 

O circuito recebeu muitas críticas na época, principalmente por parte da imprensa britânica, que criticava o traçado, segundo eles, pouco desafiador e a própria estrutura do local. A GP também não foi um sucesso de público. Por fim, o circuito não retornou mais à F1.

7 - Circuito de Rua de Detroit

John Watson no GP de Detroit de 1982
John Watson no GP de Detroit de 1982
Foto: Twitter / F1

Em 1982,a F1 chegou em uma das capitais automobilísticas do mundo, onde estão sediadas algumas das maiores montadoras do mundo, como GM, Ford e Chrysler. Com o nome de GP de Detroit, a corrida teve 7 edições, com a última sendo em 1988. Apesar da primeira edição da prova ter sido uma bagunça, a corrida ganhou sobrevida. Era uma das pistas mais desafiadoras do calendário em relação à resistência dos carros por conta das 60 trocas de marcha em uma volta e as freadas bruscas. 

Para 1989, Detroit teria que procurar outro palco, já que o circuito não apresentava mais as condições de segurança. O governo local pensou em mover a corrida para a Ilha de Belle, onde a IndyCar corre nos dias de hoje. Parecia a escolha natural, mas a negociação não deu certo, além da cidade estar começando a entrar em crise na época com a perda de mercado das fabricantes locais. Então, a F1 acabou fechando com Phoenix às pressas.

8 - Fair Park - Dallas

Nigel Mansell desmaiando devido ao calor intenso em Dallas
Nigel Mansell desmaiando devido ao calor intenso em Dallas
Foto: F1 / Twitter

Em 1984, a F1 foi até o Texas pela primeira vez, para o GP nas ruas de Dallas, culminando em um verdadeiro fracasso. A cidade quis trazer o evento até para uma questão de receber um evento global, surfando na onda da série Dallas (1978-1991), um sucesso na época. A corrida foi realizada no Fair Park, um complexo recreativo e educacional da cidade. 

O grande problema foi que a corrida foi realizada em Julho, com um calor insuportável. Mesmo que a largada tenha sido às 11 da manhã, não adiantou muito: a temperatura ambiente estava em 38°C, mas a da pista chegou a incríveis 66°C, recorde até hoje na F1. Apenas 7 carros concluíram a prova. Nigel Mansell teve uma quebra de câmbio a metros da linha de chegada, saiu do carro para tentar empurrá-lo e simplesmente desmaiou. Esta se tornou uma das cenas famosas da F1 e ela nunca mais voltou a Dallas.

9 - Circuito de Rua de Phoenix

Bertrand Gachot com sua Jordan durante o GP dos EUA de 1991
Bertrand Gachot com sua Jordan durante o GP dos EUA de 1991
Foto: F1 / Twitter

Como já falado, Phoenix entrou no calendário da F1 em 1989, anunciada em Janeiro daquele ano para um contrato de 5 anos. Teve que preparar o circuito às pressas, mas conseguiu entregar. A prova foi batizada como GP dos EUA. Na primeira corrida, Senna liderava até ter problemas mecânicos, entregando a vitória para Alain Prost.

No ano seguinte, o GP se tornou a primeira prova do calendário. Senna desta vez teve uma disputa muito forte com a revelação daquele ano, Jean Alesi, da Tyrrell, e acabou levando a melhor. No ano seguinte, Senna venceu com tranquilidade. A cidade esperava ainda ter GPs em 1992 e 1993, porém a F1 simplesmente cancelou o contrato sem dar mais explicações. Assim, os EUA ficaram sem ter um GP até 2000.

10 - Circuito das Américas

Vista aérea do Circuito das Américas
Vista aérea do Circuito das Américas
Foto: F1 / Twitter

O último circuito da lista é também o que recebe a F1 atualmente. Em 2010, começaram as conversas para se ter um circuito na cidade de Austin, no Texas. Em 2011, o projeto já estava em execução, mas com uma novidade: era o único construído nos Estados Unidos especialmente para a F1, com aprovação da FIA e arquitetura de Herman Tilke, que faz a maioria dos circuitos novos que entram na F1. 

O primeiro GP em Austin foi realizado em 2012, com vitória de Lewis Hamilton, sendo sua última pela McLaren. O britânico venceu outras quatro vezes no circuito pela Mercedes e, com a vitória dele em Indianápolis, no ano de 2007, é o maior vencedor do GP dos EUA.

O terreno escolhido foi de uma antiga fazenda e o relevo do terreno foi feito artificialmente. Nenhuma construção pesada foi feita nas instalações, mesmo com uma torre de 77 metros no local, que é feita por materiais leves. Por conta disso, o asfalto andou apresentando problemas nos últimos anos, uma reclamação não só dos pilotos da F1, mas também os da MotoGP, que também correm regularmente por lá.

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