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O que faz a Pomelo e o que levou a startup a ser uma das 100 mais promissoras do mundo

A fintech tem um modelo de negócios que busca facilitar a vida das empresas que têm serviços financeiros, apesar de não serem especificamente desse ramo

14 mai 2022 - 16h05
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Fundada em abril de 2021, a Pomelo é uma fintech com um modelo de negócio menos óbvio do que um Nubank da vida, que oferece cartão de crédito, conta digital sem taxa e vende seguros para os clientes. Em vez de buscar o sucesso nos negócios no varejo, a Pomelo é dedicada à prestação de serviços financeiros para empresas que não são dessa área.

"Todas as empresas estão criando soluções financeiras próprias, que ficam dentro de seus serviços digitais. A Pomelo permite que as empresas façam isso sem precisar virar uma empresa de pagamentos", diz John Paz, diretor-geral da operação brasileira e diretor de operações da Pomelo.

A startup foi recentemente escolhida como uma das 100 empresas mais promissoras do mundo pelo Fórum Econômico Mundial, na premiação Technology Pioneers 2022. O título, concedido a apenas cinco companhias da América Latina neste ano, já foi dado no passado a negócios como Airbnb, Google e Twitter.

Bruno Martucci, líder de produto da Pomelo no Brasil, e John Paz, COO e diretor-geral da startup no Brasil
Bruno Martucci, líder de produto da Pomelo no Brasil, e John Paz, COO e diretor-geral da startup no Brasil
Foto: Divulgação/Pomelo / Estadão

Finanças embutidas

O potencial da Pomelo indicado na premiação vem de uma tendência chamada de finanças embutidas (do inglês, embedded finance). Trata-se de um movimento feito por empresas que não estão no ramo, mas adotam serviços financeiros em suas plataformas digitais, como os pagamentos via Pix ou mesmo a oferta de empréstimos.

Criada há pouco mais de um ano por Gastón Irigoyen, Hernán Corral e Juan Fantoni, ex-executivos do Mercado Pago, Mastercard e Naranja X, a startup já captou US$ 45 milhões (R$ 227,7 milhões, em valores atuais) em investimentos de fundos de capital de risco internacionais.

Em vez de comercializar uma plataforma pré-configurada com centenas de recursos e cobrar pela configuração inicial dos serviços financeiros, a Pomelo vende sua tecnologia por módulos, permitindo montar a infraestrutura como a empresa quiser, a depender de suas necessidades.

A startup tem interfaces de programação de aplicações (APIs) para as suas tecnologias e faz a configuração da plataforma financeira sem custos. Entre seus 35 clientes, estão nomes como a Rappi e a exchange de criptomoedas Belo, ambas na Argentina, de onde é a startup.

Com esse conjunto de soluções, a Pomelo compete, ainda que de forma indireta, com a Pismo, que provê infraestrutura financeira via APIs para bancos, como o BTG Pactual e o aplicativo iti, do Itaú.

Além da parte puramente tecnológica, a Pomelo faz a gestão do cadastro de novos usuários e do fluxo de pagamentos, e auxilia os clientes a estarem em conformidade com as regras do Banco Central e do setor financeiro como um todo. Fora isso, a startup também permite que seus clientes tenham cartões de crédito com marca própria.

"O aspecto financeiro é regulatório no Brasil. O que viabiliza uma fintech é a regulação, a estrutura financeira e a experiência do usuário. Fazemos essas duas primeiras etapas, e apoiamos nossos parceiros na terceira", afirma Paz.

Expansão internacional

A Pomelo estima que terminará o ano de 2022 com uma carteira de 50 clientes, 15 a mais do que tem hoje. Para isso, além de esforços de vendas no Brasil e na Argentina, a empresa também vai ampliar sua atuação em outros países, como Chile, Peru, México e Colômbia.

Estadão
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