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Facebook divulga dados sobre discurso de ódio em plataforma

19 nov 2020 - 16h19
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O Facebook divulgou nesta quinta-feira pela primeira vez números sobre o predomínio do discurso de ódio em sua plataforma, dizendo que de cada 10 mil visualizações de conteúdo no terceiro trimestre, 10 a 11 incluíam discurso de ódio.

REUTERS/Dado Ruvic
REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

A maior empresa de mídia social do mundo, sob escrutínio sobre seu policiamento de abusos, especialmente em torno da eleição presidencial dos Estados Unidos de novembro, divulgou a estimativa em relatório de moderação de conteúdo trimestral.

O Facebook disse que tomou medidas em relação a 22,1 milhões de peças de conteúdo de discurso de ódio no terceiro trimestre, cerca de 95% dos quais foram identificados de forma proativa. No trimestre anterior, foram 22,5 milhões.

O Facebook define "agir" como práticas que incluem remoção de conteúdo, cobertura dele com um aviso, desativação de contas ou encaminhamento para agências externas.

O site de compartilhamento de fotos da companhia, Instagram, tomou medidas em 6,5 milhões de peças de conteúdo de discurso de ódio, contra 3,2 milhões no segundo trimestre. Cerca de 95% disso foi identificado de forma proativa, um aumento de 10% em relação ao trimestre anterior.

Em meados do ano, grupos de direitos civis organizaram um boicote generalizado de publicidade no Facebook para tentar pressionar as empresas de mídia social a agirem contra o discurso de ódio.

Em outubro, o Facebook anunciou atualização de sua política contra discurso de ódio para banir qualquer conteúdo que negue ou distorça o Holocausto, uma reviravolta nos comentários públicos que o presidente-executivo da rede social, Mark Zuckerberg, fez sobre o que deveria ser permitido na plataforma.

O Facebook também disse que tomou medidas em relação a 19,2 milhões de peças de conteúdo violento e gráfico no terceiro trimestre, contra 15 milhões no segundo. No Instagram, atuou em 4,1 milhões de peças de conteúdo violento e gráfico, ante 3,1 milhões no segundo trimestre.

O Facebook disse que suas taxas de localização de conteúdo que viola regras antes que os usuários denunciem aumentaram na maioria das áreas, devido a melhorias nas ferramentas de inteligência artificial e à expansão de suas tecnologias de detecção para mais idiomas.

A rede social também comentou que a pandemia de Covid-19 continuou a perturbar sua força de trabalho de revisão de conteúdo, embora tenha dito que algumas medidas de fiscalização estão voltando aos níveis pré-pandêmicos.

O Facebook informou que tomou medidas em relação a 12,4 milhões de peças de nudez infantil e conteúdo de exploração sexual, ante 9,5 milhões no trimestre anterior.

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