Protesto em Porto Alegre pede justiça para Joca e mudanças no transporte aéreo de animais
Cães e donos se unem em manifestação emocionante por justiça para Joca, golden retriever que morreu após erro da Gol.
A comovente história do cão Joca, golden retriever que faleceu após erro da Gol durante transporte aéreo, mobilizou dezenas de pessoas em um protesto realizado no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na manhã deste último domingo (28).
Com cartazes, faixas e gritos de "Justiça para Joca", os manifestantes, muitos acompanhados por seus próprios animais de estimação, pediram respostas da companhia aérea e mudanças nas regras para o transporte de animais em aviões.
Uma das manifestantes, relatou a emoção do momento: "Era mais do que um protesto pelo luto. Havia muitas pessoas emocionadas, compartilhando histórias e clamando por mudanças. Precisamos divulgar esse caso e garantir que algo assim nunca mais aconteça."
Em resposta à comoção nacional causada pela morte de Joca, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos se reuniram com companhias aéreas na última sexta-feira (26) e definiram medidas para aprimorar o transporte de animais em voos.
Entre as ações, estão:
- Audiências públicas: serão realizadas para revisar e aprimorar as normas de transporte de animais em voos nacionais e internacionais.
- Propostas das companhias: as empresas aéreas terão 10 dias para apresentar propostas e sugestões para melhorar o transporte.
- Rastreabilidade: as empresas estudarão a viabilidade de implementar um sistema de rastreamento para animais transportados nos porões das aeronaves.
- Política Nacional: o Ministério de Portos e Aeroportos convidará representantes do Congresso Nacional para discutir a criação de uma Política Nacional de Transporte Aéreo de Animais (PNTAA), com o objetivo de "garantir mais segurança e bem-estar para os animais" até junho.
Joca, de 5 anos, morreu na segunda-feira (22) após um erro de transporte aéreo da Gol. O golden retriever seguia do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi embarcado em um voo para Fortaleza (CE).
Ao chegar em Sinop e não encontrar Joca, o tutor, João Fantazzini, foi informado do erro e retornou a Guarulhos para buscar o animal. No entanto, Joca já estava sem vida.
A Polícia Civil de São Paulo investiga o caso como crime, enquanto a Anac e o Ministério dos Portos e Aeroportos apuram a falha da companhia aérea.
Em nota oficial, a Gol lamentou a morte de Joca, reconheceu o erro no envio do animal para Fortaleza e afirmou ter sido surpreendida com o falecimento. A empresa também se colocou à disposição para colaborar com as investigações.
A mobilização da sociedade civil e as medidas tomadas pelas autoridades são passos importantes na busca por um futuro mais justo e seguro para todos os animais que viajam de avião.
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