PUBLICIDADE

Mundo

Wuhan pede vigilância enquanto China planeja homenagear "mártires" do coronavírus

3 abr 2020 - 10h18
Compartilhar
Exibir comentários

A principal autoridade de Wuhan, epicentro do coronavírus na China, pediu aos moradores que se mantenham vigilantes e evitem sair de casa, apesar de os dados mais recentes mostrarem uma diminuição de casos novos no território continental do país e nenhuma infecção nova na cidade.

Pessoas com máscaras de proteção caminham em rua de Wuhan
03/04/2020 REUTERS/Aly Song
Pessoas com máscaras de proteção caminham em rua de Wuhan 03/04/2020 REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

O país onde o vírus surgiu no final do ano passado fará três minutos de silêncio às 10h da manhã de sábado para lembrar os milhares de "mártires" que morreram na luta contra a pandemia, disse a agência oficial de notícias Xinhua.

Sirenes de ataque aéreo e buzinas de automóveis, trens e navios "lamentarão de tristeza" após o silêncio, acrescentou.

A China parece ter contido a epidemia com restrições draconianas que paralisaram a segunda maior economia do mundo durante dois meses.

Nesta sexta-feira, a Comissão Nacional de Saúde relatou 31 casos novos, menos do que os 35 do dia anterior e uma redução dramática em relação ao pico de fevereiro. Com exceção de dois casos, todos envolvem viajantes do exterior.

O total de infecções na China continental, uma cifra que exclui pacientes assintomáticos, está em 81.620, e o número de mortos aumentou em quatro e chegou a 3.322. Mundialmente já são mais de um milhão de casos e ao menos 52 mil mortes.

Pequim pressiona as indústrias a voltarem ao trabalho à medida que a epidemia cede, esperando uma recuperação rápida do que muitos analistas acreditam ter sido uma contração profunda da economia chinesa no primeiro trimestre.

Mas autoridades de alto escalão temem o risco de uma segunda leva de infecções.

A ameaça de uma reincidência em Wuhan continua alta, disse Wang Zhonglin, chefe do Partido Comunista local, ordenando aos moradores que só saiam de casa se for necessário.

Os comentários vieram cerca de uma quinzena depois de autoridades afrouxarem o isolamento total da cidade, permitindo que parte de seus 11 milhões de habitantes saísse de casa pela primeira vez desde 23 de janeiro, embora ainda não possam deixar Wuhan.

A capital da província de Hubei foi a mais atingida pelo vírus - foram 50.007 casos relatados. A partir de 8 de abril, ela deve permitir que as pessoas viajem para fora da cidade, onde voluntários com traje anticontaminação têm espalhado desinfetante.

Pequim proibiu a entrada de estrangeiros por tempo indeterminado para conter os caso de viajantes do exterior, mas delineou planos para trazer de volta cidadãos em países com surtos graves.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade