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Viúva de dissidente e Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo deixa China por Alemanha

10 jul 2018 - 11h13
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Liu Xia, viúva do dissidente político e vencedor do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, deixou a China pela Alemanha nesta terça-feira, em uma notícia saudada por grupos de direitos humanos que pressionavam há tempos por sua libertação do que era, na prática, uma prisão domiciliar.

Liu Xia, viúva do dissidente político e vencedor do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, chega ao aeroporto de Helsinque, na Finlândia 10/07/2018 Lehtikuva/Jussi Nukari via REUTERS
Liu Xia, viúva do dissidente político e vencedor do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, chega ao aeroporto de Helsinque, na Finlândia 10/07/2018 Lehtikuva/Jussi Nukari via REUTERS
Foto: Reuters

Liu Xia embarcou em um voo da Finnair destinado a Helsinque em Pequim, disse à Reuters Ye Du, escritor e amigo de Liu. Ye disse ter sido informado sobre a viagem pelo irmão mais velho de Liu.

Liu Xia, de 57 anos, partiu para "iniciar sua vida nova" na Europa, disse seu irmão caçula, Liu Hui, em sua conta de WeChat, segundo captura de tela de uma mensagem mostrada à Reuters por um amigo que pediu para não ser identificado.

Sua partida, após um ano de pressão de ativistas e grupos de direitos humanos, ocorre ao final de uma visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à Alemanha, durante a qual os dois países assinaram acordos comerciais de mais de 23 bilhões de dólares.

Li deve deixar a Alemanha ainda nesta terça-feira.

Johnny Lau, comentarista político de Hong Kong, disse acreditar que autoridades permitiram que Liu Xia deixasse o país para evitar que seu caso provocasse um "pico" de pressão sobre a China perto do aniversário da morte de Liu Xiaobo no dia 13 de julho.

A China tem tentado fortalecer seu laços com a União Europeia em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

Berlim vinha pressionando a China para liberar Liu desde a morte de seu marido, que faleceu no dia 13 de julho de 2017 em decorrência de um câncer de fígado aos 61 anos, enquanto estava detido, segundo diplomatas ocidentais.

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