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Venezuela prende 6 militares e policiais, dizem familiares

Nem o Ministério da Informação da Venezuela nem o gabinete do Procurador-Geral responderam a pedidos de comentários sobre as informações

23 jun 2019 - 13h50
(atualizado às 15h12)
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Autoridades venezuelanas prenderam seis membros das forças militares e policiais do país ao longo do final de semana, de acordo com parentes dos detidos e ativistas de direitos humanos.

O general da Brigada da Aeronáutica, Miguel Sisco Mora, teria sido preso na sexta-feira à tarde em um estacionamento em Guatire, a cerca de 40 quilômetros a leste da capital Caracas, segundo informações de sua filha Stephanie Sisco.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro durante discurso em Caracas (23/02/2019)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro durante discurso em Caracas (23/02/2019)
Foto: Manaure Quintero / Reuters

O capitão da Marinha, Rafael Costa, também foi detido na sexta nas proximidades de Guarenas, segundo sua esposa Waleska Perez.

"Exigimos que o governo nos forneça informações sobre seu paradeiro", escreveu Stephanie Sisco no Twitter no sábado.

As prisões ocorrem quase dois meses depois de uma insurreição fracassada contra Maduro, convocada pelo líder da oposição Juan Guaido, chefe da Assembleia Nacional controlada pela oposição. Em janeiro, Guaidó invocou a Constituição para se autoproclamar presidente interino e pediu às forças armadas que se juntassem à sua causa.

As detenções ainda acompanham a visita à Venezuela da chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, que na sexta-feira pediu a Maduro para libertar prisioneiros presos por protestos pacíficos. Maduro, cuja reeleição em 2018 foi amplamente denunciada como ilegítima, disse que levaria a sério as preocupações da ONU.

O grupo de defesa dos direitos humanos Fórum Penal informaram, anteriormente, que dois coronéis aposentados da Força Aérea haviam sido presos em Caracas na tarde de sexta. Já dois oficiais da alta patente da unidade de polícia forense venezuelana CICPC teriam sido presos em Guatire, segundo Tamara Suju, advogada e ativista de direitos humanos.

Nem o Ministério da Informação da Venezuela nem o gabinete do Procurador-Geral responderam a pedidos de comentários sobre as informações de seis detenções neste domingo.

Segundo o Fórum Penal, cerca de 700 pessoas estão presas por motivos políticos na Venezuela, incluindo cerca de 100 militares.

O governo de Maduro nega a existência de presos políticos e, frequentemente, acusa a oposição de fomentar a violência. Maduro refere-se a Guaido como uma marionete dos Estados Unidos que procura derrubá-lo em um golpe.

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