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Trump diz que conversas com Putin "nem sempre foram conciliadoras"

20 jul 2018 - 13h16
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu seus esforços para impulsionar um relacionamento com o líder da Rússia, Vladimir Putin, em uma entrevista exibida nesta sexta-feira, dizendo que os dois se deram bem, mas que suas conversas "nem sempre foram conciliadoras".

U.S. President Donald Trump walks from Marine One as he arrives on the South Lawn of the White House in Washington, U.S., July 18, 2018.      REUTERS/Joshua Roberts - RC1E07D55570
U.S. President Donald Trump walks from Marine One as he arrives on the South Lawn of the White House in Washington, U.S., July 18, 2018. REUTERS/Joshua Roberts - RC1E07D55570
Foto: Reuters

Na quinta-feira, o presidente republicano convidou Putin a ir à Washington para uma segunda reunião, desafiando uma avalanche de críticas surgidas em seu país na sequência da primeira cúpula oficial entre os dois líderes, realizada na segunda-feira em Helsinque.

O que aconteceu na reunião a dois entre Trump e Putin, só acompanhada por intérpretes, ninguém sabe, nem mesmo autoridades de primeiro escalão e parlamentares dos EUA, que disseram não ter sido informados.

Trump disse que ele e Putin, que agências de inteligência dos EUA alegaram ter ordenado uma interferência na eleição presidencial norte-americana de 2016, têm um relacionamento amistoso.

"Olhe, o fato é que nos demos bem", disse ele à rede CNBC, em uma entrevista gravada na quinta-feira.

Mas ele insinuou que os dois não concordaram em tudo.

"Então eu tive uma reunião que durou mais de duas horas. Nem sempre foi conciliador naquela reunião", disse Trump, sem dar detalhes. "Debatemos muitas coisas ótimas para os dois países, francamente."

Trump chocou o mundo ao concordar com Putin em Helsinque a respeito das revelações de agências de inteligência de seu país, segundo as quais Moscou realizou uma operação de invasões cibernéticas e de influência para fazer a corrida pela Casa Branca pender a favor de Trump dois anos atrás.

Os comentários do presidente levaram autoridades de alto escalão da inteligência norte-americana, além de líderes republicanos no Congresso, a reiterarem as descobertas sobre a tentativa russa de influenciar os eleitores dos EUA.

Como exemplo claro do abismo entre Trump e seus próprios conselheiros sobre a Rússia, o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats, foi pego de surpresa pela notícia de que seu chefe convidou Putin para visitar Washington.

Coats soube da decisão de Trump ao mesmo tempo em que todas as outras pessoas: quando foi feito o anúncio pela Casa Branca no Twitter enquanto ele era entrevistado no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado.

    "OK", disse Coats, provocando risadas. "Vai ser algo especial."

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