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Trump ameaça fechar fronteira sul se não conseguir fundos para muro

28 dez 2018 - 15h51
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta sexta-feira fechar a fronteira sul do país se o Congresso não concordar em providenciar 5 bilhões de dólares de recursos dos contribuintes para o muro que prometeu construir na divisa com o México.

U.S. President Donald Trump speaks to reporters as he meets U.S. political and military leaders during an unannounced visit to Al Asad Air Base, Iraq December 26, 2018. REUTERS/Jonathan Ernst - RC1E45148E80
U.S. President Donald Trump speaks to reporters as he meets U.S. political and military leaders during an unannounced visit to Al Asad Air Base, Iraq December 26, 2018. REUTERS/Jonathan Ernst - RC1E45148E80
Foto: Reuters

Com as operações não essenciais paralisadas em vários órgãos federais por falta recursos e o Congresso em recesso até a semana que vem, Trump ficou na Casa Branca disparando tuítes raivosos.

"Seremos forçados a fechar inteiramente a fronteira sul se os democratas obstrucionistas não nos derem o dinheiro para finalizar o muro & também mudar as leis de imigração ridículas que sobrecarregam nosso país", disse Trump.

"Ou construímos (finalizamos) o muro ou fechamos a fronteira", acrescentou.

O presidente republicano também reiterou as ameaças de cortar toda a ajuda norte-americana a Honduras, Guatemala e El Salvador, que ele disse não estão fazendo nada para deter o fluxo de imigrantes rumo aos EUA.

Um porta-voz do líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse na quinta-feira que republicanos e democratas ainda estão divididos nos esforços para resolver a paralisação, que começou no sábado. Os democratas ofereceram apoiar 1,3 bilhão de dólares em financiamento para a segurança na fronteira em geral, mas se opõem há tempos a um muro.

De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada na quinta-feira, 47 por cento dos norte-americanos consideram Trump responsável pela paralisação e 33 por cento culpam os democratas do Congresso.

Em entrevistas para redes de televisão nesta sexta-feira, assessores de Trump também tentaram culpar os democratas pela continuidade da paralisação do governo. Eles singuralizaram Nancy Pelosi, que assumirá a presidência da Câmara dos Deputados na semana que vem, já que os democratas conquistaram a maioria na Câmara nas eleições de novembro.

"Nancy Pelosi só está querendo proteger sua presidência, mas não proteger nossas fronteiras, e é por isso que não está disposta a negociar conosco, não está disposta a fazer qualquer tipo de acordo e não está disposta a ajudar a fazer o necessário", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, no programa "This Morning" da CBS.

O chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, disse à Fox News Channel: "Onde está Chuck Schumer? Onde está Nancy Pelosi? Eles nem estão falando neste momento".

Mick Mulvaney, chefe interino da Casa Branca, disse à Fox News Channel: "Onde está Chuck Schumer? Onde está Nancy Pelosi? Eles nem estão falando agora".

Trump, que desistiu dos planos de passar o Natal em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, e ficou em Washington devido à paralisação, agora também cancelou seus planos para o Ano Novo, disse Mulvaney.

A paralisação afeta cerca de 800 mil funcionários dos Departamentos de Segurança Interna, Justiça, Agricultura, Comércio e outras agências.

A maior parte do governo federal, que emprega diretamente quase 4 milhões de pessoas, não é afetada. Mesmo os órgãos afetados não estão totalmente paralisados, com trabalhadores considerados "essenciais" ainda desempenhando suas funções.

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