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Tribunal de Milão dá andamento a processo contra Berlusconi

Ex-premiê não compareceu à sessão por determinação médica

27 jan 2021 - 10h47
(atualizado às 11h23)
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Uma das audiências do processo contra o ex-premiê Silvio Berlusconi, que está sendo realizada em um tribunal de Milão, por corrupção em atos judiciários e falso testemunho foi realizada nesta quarta-feira (27) mesmo sem a presença do político, que não compareceu por decisão médica.

Segundo determinação de médico, Berlusconi precisa ficar de repouso até 3 de fevereiro
Segundo determinação de médico, Berlusconi precisa ficar de repouso até 3 de fevereiro
Foto: EPA / Ansa - Brasil

No início dos trabalhos, o advogado de defesa Federico Cecconi apresentou formalmente o atestado médico assinado pelo médico pessoal do ex-premiê, Alberto Zangrillo, em que há a recomendação de "repouso domiciliar total" de 15 dias a partir de 19 de janeiro. Cinco dias antes, Berlusconi havia sido internado em um hospital de Mônaco por conta de uma arritmia cardíaca.

O defensor informou que poderia ter solicitado o adiamento da audiência de hoje, mas que após conversar com os procuradores, optou por dar andamento à sessão já que esse seria um dia de apresentações "mais técnicas".

As acusações contra o líder da Força Itália e outras 28 pessoas estão no âmbito do chamado "Ruby ter", que tem desdobramentos também em Roma, Turim, Pescara, Bari, Treviso e Monza, e nasceu do processo "Ruby", no qual Berlusconi foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder nas famosas festas em suas residências - as chamadas "bunga-bunga".

Para a Procuradoria, os dois crimes aos quais Berlusconi responde foram pelo fato dele ter dado dinheiro e outros bens de valores para que as mulheres que participavam das festas ficassem em silêncio ou mentissem durante as audiências.

Cecconi ainda informou que também enviou a mesma certificação médica para o Tribunal de Bari que, em 14 de janeiro, adiou a sua audiência do "Ruby ter" por conta da internação de Berlusconi. Nesse caso, a sessão foi remarcada para 8 de abril.

O nome do processo é uma referência à modelo ítalo-marroquina Karima el Mahroug, conhecida como Ruby, pivô de um escândalo sexual que abalou a imagem de Berlusconi no país. .

Ansa - Brasil   
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