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Trégua negociada por Trump fica ameaçada com novos confrontos entre Tailândia e Camboja

8 dez 2025 - 18h39
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A Tailândia disse que caças do país atacaram o Camboja nesta segunda-feira em uma tentativa de enfraquecer a capacidade militar do país vizinho, em um recrudescimento das hostilidades na fronteira que ameaça descarrilar um frágil cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Cada lado culpa o outro pelo início dos confrontos, que começaram durante a noite e se intensificaram antes do amanhecer e se espalharam por vários locais, com um soldado tailandês e quatro civis cambojanos mortos, de acordo com as autoridades.

O Camboja acusou a Tailândia de "atos desumanos e brutais" de agressão, enfatizando que não havia retaliado, enquanto a Tailândia disse que realizou ataques aéreos contra alvos militares depois que seu vizinho mobilizou armamento pesado e reposicionou unidades de combate.

"O objetivo do Exército é paralisar a capacidade militar do Camboja por um longo tempo, para a segurança de nossos filhos e netos", disse o chefe do Estado-Maior do Exército tailandês, general Chaipruak Doungprapat, de acordo com os militares.

Os combates foram os mais ferozes desde uma troca de disparos de foguetes e artilharia pesada que durou cinco dias em julho e que marcou os confrontos mais pesados da história recente, quando pelo menos 48 pessoas foram mortas e 300.000 foram deslocadas antes da intervenção de Trump para intermediar um cessar-fogo.

As tensões permanecem latentes desde que a Tailândia suspendeu, no mês passado, as medidas de desescalada acordadas em uma cúpula na presença de Trump, depois que um soldado tailandês foi mutilado por uma mina terrestre que, segundo a Tailândia, foi colocada recentemente pelo Camboja.

Algumas das minas que feriram sete soldados tailandeses desde julho provavelmente foram colocadas recentemente, afirmou a Reuters em outubro, com base em uma análise especializada de material compartilhado pelas Forças Armadas da Tailândia.

O Camboja negou ter colocado as minas e a Tailândia disse que não implementará os termos do cessar-fogo até que o Camboja se desculpe.

O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, disse na segunda-feira que seu governo fará o que for necessário para proteger sua integridade territorial e que não entrará em diálogo com o Camboja.

"Não haverá conversações. Para que a luta termine, (o Camboja) deve fazer o que a Tailândia determinou", disse ele, sem entrar em detalhes.

O Ministério da Defesa do Camboja disse que suas forças sofreram ataques contínuos, mas estavam comprometidas com o cessar-fogo e não retaliaram.

"O Camboja pede à comunidade internacional que condene veementemente as violações da Tailândia... bem como exige que a Tailândia assuma total responsabilidade por tais atos descarados de agressão", disse em um comunicado.

O Exército da Tailândia disse que o Camboja usou drones para lançar bombas em bases tailandesas e disparou foguetes BM-21 montados em caminhões contra áreas civis.

Um oficial militar tailandês disse à Reuters que os alvos dos ataques aéreos incluíam foguetes de longo alcance fabricados na China.

Uma autoridade sênior do governo Trump disse: "O presidente Trump está comprometido com a cessação contínua da violência e espera que os governos do Camboja e da Tailândia honrem totalmente seus compromissos para acabar com esse conflito."

A embaixada dos EUA na Tailândia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre os distúrbios.

Há mais de um século, a Tailândia e o Camboja disputam a soberania em pontos não demarcados ao longo de sua fronteira terrestre de 817 km, com disputas sobre templos antigos que estimulam o fervor nacionalista e ocasionais ataques, incluindo uma troca de disparos de artilharia mortal que durou uma semana em 2011.

As tensões aumentaram em maio, após a morte de um soldado cambojano durante uma escaramuça, o que levou a um grande aumento de tropas na fronteira e a uma escalada de rupturas diplomáticas e confrontos armados.

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