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Sri Lanka bloqueia redes sociais após ataques a mesquitas

Budistas de linha dura acusam muçulmanos de forçar conversão ao Islã. Monges atacaram mesquitas e negócios pertencentes a muçulmanos

7 mar 2018 - 12h40
(atualizado às 13h16)
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O Sri Lanka desligou as redes de mensagens sociais, incluindo o Facebook, na quarta-feira para controlar a violência dirigida à minoria muçulmana do país, disseram autoridades, mesmo depois da declaração de emergência na ilha de maioria budista.

Tela de computador mostra mensagem de erro depois que governo decidiu bloquear acesso a redes sociais em Colombo, Sri Lanka 07/03/2018 REUTERS/Dinuka Liyanawatte
Tela de computador mostra mensagem de erro depois que governo decidiu bloquear acesso a redes sociais em Colombo, Sri Lanka 07/03/2018 REUTERS/Dinuka Liyanawatte
Foto: Reuters

A tensão aumentou entre as duas comunidades no Sri Lanka no ano passado, com alguns grupos budistas de linha dura acusando os muçulmanos de forçar as pessoas a se converterem ao Islã e a vandalizar os sítios arqueológicos budistas.

A polícia decretou um toque de recolher indefinido no distrito de Kandy, onde a violência se concentrou desde domingo, após a morte de um jovem budista em uma briga com um grupo de muçulmanos.

Monges budistas atacaram mesquitas e negócios pertencentes a muçulmanos durante a noite, disseram residentes à Reuters na quarta-feira, mesmo depois que o presidente Maithripala Sirisena impôs emergência por sete dias para controlar a violência.

Alguns atos de violência foram instigados nas redes sociais, com postagens no Facebook ameaçando mais ataques contra muçulmanos, disse o governo.

O governo disse nesta quarta-feira que o Facebook, o Viber e o Whatsapp seriam bloqueados em todo o país por três dias.

O Sri Lanka ainda está curando as feriadas de uma guerra civil de 26 anos contra os separatistas Tamil que terminou em 2009, com relatos de abusos de direitos humanos em ambos os lados. Os muçulmanos representam 9 por cento dos 21 milhões de habitantes da ilha.

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