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Socialistas lideram pesquisa eleitoral em Portugal, mas sem maioria parlamentar

31 jul 2019 - 10h44
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O governista Partido Socialista de Portugal continua sendo o favorito a vencer uma eleição parlamentar em outubro, mas não conseguirá uma maioria absoluta, segundo uma nova pesquisa.

Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, em Lisboa
03/05/2019
REUTERS/Pedro Nunes
Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, em Lisboa 03/05/2019 REUTERS/Pedro Nunes
Foto: Reuters

Os socialistas de centro-esquerda, do primeiro-ministro António Costa, devem receber 35,5% dos votos, de acordo com a sondagem do Multidados para o canal de televisão TVI publicada na noite de terça-feira.

O percentual é menor do que o apontado em uma pesquisa da semana passada de outro instituto, o Pitagorica, que mostrou os socialistas com 43,2%, o número mais alto em qualquer levantamento recente e próximo de uma maioria absoluta.

Os sociais-democratas, principais opositores de Costa, apareceram com 20,3% dos votos, segundo a Multidados. A pesquisa da semana passada da Pitagorica estimou seu apoio em 21,6%.

Os sociais-democratas e seus aliados tradicionais dos dois partidos conservadores CDS e PP governaram juntos antes da última eleição, em 2015, conduzindo o país durante um período de grande austeridade que tiveram que impor em cumprimento a um socorro financeiro internacional.

A combinação socialista de disciplina fiscal com crescimento econômico rendeu elogios da União Europeia e das agências de avaliação de risco. O crescimento desacelerou um pouco desde 2017, mas ainda se espera que supere a média da zona do euro.

A sondagem da Multidados foi a primeira que o instituto realizou antes da votação de outubro, e não forneceu comparações.

Pelo sistema de representação proporcional português, uma maioria absoluta é atingível com de 42% a 45% das urnas.

Uma maioria socialista poderia ajudar o governo a manter políticas para equilibrar o orçamento e atrair mais investimento estrangeiro.

Mas com 35,5% dos votos os socialistas ficariam aquém de uma maioria no Parlamento, o que significa que precisariam do apoio de outro partido para formar um governo.

Quando os socialistas chegaram ao poder em 2015, conseguiram apoio parlamentar de duas siglas de esquerda, o Bloco de Esquerda e os Comunistas. Na pesquisa Multidados elas têm 14,7% e 5,6% de apoio, respectivamente, e na enquete da semana passada da Pitagorica apareceram com 9,2% e 6,8%.

Um fiel da balança em potencial é o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que, de acordo com a pesquisa, ficará com 7,9% dos votos em outubro. Recentemente o PAN conquistou um assento no Parlamento europeu.

Os institutos de pesquisa entrevistaram 800 pessoas entre 18 e 28 de julho, e as sondagens têm uma margem de erro de 3,5%.

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