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Socialistas espanhóis montam governo de coalizão focado na economia

10 jan 2020 - 12h17
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O primeiro governo de coalizão da Espanha desde o retorno à democracia começou a tomar forma nesta sexta-feira, com o objetivo de pacificar mercados nervosos devido à desaceleração econômica, às tensões comerciais globais e à dependência dos socialistas na extrema-esquerda.

Sánchez aplaude juntamente com outros parlamentares após ser confirmado primeiro-ministro em votação
07/01/2020
REUTERS/Stringer
Sánchez aplaude juntamente com outros parlamentares após ser confirmado primeiro-ministro em votação 07/01/2020 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

Após uma votação decisiva na segunda-feira que teve o líder socialista, Pedro Sánchez, escolhido para formar um novo governo, uma série de anúncios de membros da administração deu forma a um dos maiores gabinetes da Espanha nas últimas décadas.

O novo governo tem a tarefa de formar consenso entre uma instável aliança comparada a colcha de retalhos para conseguir aprovar leis.

A ênfase do novo governo estará na economia, disseram fontes socialistas à Reuters, uma vez que as previsões sugerem que o crescimento diminuirá de 2,1% em 2019 para 1,8% neste ano.

O governo de Sánchez incluirá quatro vice-primeiros- ministros --pela primeira vez na história moderna da Espanha--, dos quais três são mulheres.

Nadia Calviño, responsável pelo Ministério da Economia desde 2018 e que foi candidata no ano passado a substituir Christine Lagarde na chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI), coordenará assuntos econômicos e transformação digital.

Teresa Ribera se concentrará no meio ambiente e na população rural, enquanto Carmen Calvo será responsável pelas relações parlamentares e pelo reconhecimento das vítimas da guerra civil e da ditadura de Francisco Franco.

O quarto vice-primeiro-ministro será Pablo Iglesias, líder do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, que cuidará dos direitos sociais e do desenvolvimento sustentável. A legenda também terá quatro ministérios, sendo responsável desde o ensino superior até assuntos do consumidor.

A decisão do governo de priorizar a economia foi demonstrada em várias de suas escolhas. Arancha González Laya, atualmente secretária-geral adjunta da ONU e ex-funcionária da Organização Mundial do Comércio (OMC), substituirá Josep Borrell no comando do Ministério das Relações Exteriores.

José Luis Escrivá, chefe do órgão de fiscalização orçamentária da Espanha e ex-economista-chefe do banco espanhol BBVA, vai liderar o ministério responsável pela Previdência Social --encarregado de realizar uma esperada reforma previdenciária-- e pela imigração.

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