Sniper que matou três americanos na Síria integrava forças de segurança sírias
O presidente americano, Donald Trump, prometeu uma "séria retaliação" depois que um tradutor e dois soldados americanos foram mortos no sábado (13) na Síria. Os três foram atingidos em uma "emboscada" do grupo jihadista Estado Islâmico na região de Palmira, segundo Exército dos Estados Unidos. O sniper fazia parte das forças de segurança do país, informou neste domingo (14) uma autoridade de segurança síria.
"O autor do ataque, que matou três americanos, era membro das forças de Segurança Geral, vinculadas ao Ministério do Interior, há mais de dez meses", declarou a fonte à agência francesa AFP. Ele detalhou que Noureddine al-Baba havia "servido em várias cidades antes de ser transferido para Palmira".
Depois do ataque, "onze membros das forças da Segurança Geral foram detidos e encaminhados para interrogatório", acrescentou a autoridade, que pediu para não ser identificada.
O sniper, que foi morto, deveria ser "expulso" da corporação neste domingo, informou o porta-voz do Ministério do Interior sírio, em declaração à televisão oficial. A expulsão de Noureddine al-Baba das forças de segurança sírias havia sido decidida devido às suas "ideias islamistas extremistas".
Detalhes do ataque
Os dois soldados e o civil americanos foram mortos no sábado na região desértica de Palmira enquanto estavam em "missão de apoio às operações em curso contra o grupo Estado Islâmico", disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell. Washington afirmou que eles foram atingidos em uma "emboscada por um atirador isolado" do grupo terrorista, que no passado controlou a região, antes de ser derrotado na Síria.
Três outros soldados americanos ficaram feridos no atentado, detalhou o comando militar americano para o Oriente Médio (Centcom). Ao prometer uma retaliação americana, o presidente Donald Trump afirmou à imprensa que o ataque foi perpetrado pelo EI "em uma zona muito perigosa da Síria, que não está totalmente controlada" pelo governo do país.
'Ataque terrorista'
Essa é a primeira vez que um atentado desse tipo ocorre na Síria desde a tomada do poder, há um ano, por uma coalizão islâmica dirigida pelo ex-jihadista Ahmed al-Sharaa, que se aproximou dos Estados Unidos.
O governo sírio condenou o "ataque terrorista", que também feriu dois membros das forças de segurança sírias, segundo a agência oficial Sana. Damasco prestou condolências às "vítimas, ao governo e ao povo americano".
Com AFP