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Rússia propõe fim da desconfiança e recuperação de laços com os EUA

14 mai 2019 - 12h54
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que é hora de Moscou e Washington deixarem de lado anos de desconfiança e encontrarem uma maneira de trabalhar juntos de forma construtiva.

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante visita à Rússia
14/05/2019
Pavel Golovkin/Pool via REUTERS
Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante visita à Rússia 14/05/2019 Pavel Golovkin/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Pompeo está em Sochi, um balneário russo no Mar Negro, para conversar com seu equivalente russo Lavrov, e ainda nesta terça-feira também terá um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.

Os laços bilaterais foram prejudicados por alegações --negadas por Moscou-- de que a Rússia tentou influenciar os resultados da eleição presidencial norte-americana de 2016 e pelas diferenças em relação a Venezuela, Irã, Síria e Ucrânia.

"Vemos que há suspeitas e preconceitos", disse Lavrov a Pompeo no início das conversas.

"Isto prejudica tanto a sua segurança quanto a nossa segurança e causa preocupações ao redor do mundo. Achamos que é hora de construir uma matriz nova e mais construtiva para nossas relações".

"Estamos prontos para fazê-lo se nossos colegas dos EUA estiverem dispostos a retribuir... vamos tentar e ver o que acontece".

A visita de Pompeo representa o primeiro contato de alto nível entre Moscou e Washington desde que o procurador especial norte-americano Robert Muller apresentou um relatório em que examinou a natureza do papel russo na eleição presidencial de 2016.

O inquérito ofuscou as relações entre EUA e Rússia, e autoridades russas expressaram a esperança de que Washington teria mais espaço para forjar laços mais amistosos com Moscou depois que a investigação fosse encerrada.

Respondendo aos comentários iniciais de Lavrov, Pompeo disse: "Estou aqui hoje porque o presidente Trump está comprometido a melhorar este relacionamento. Temos diferenças e cada país protegerá seus próprios interesses, cuidará de seus próprios interesses e de seu povo".

"Mas não estamos destinados a ser adversários em todas as questões, e espero que encontremos lugares em que temos uma série de interesses coincidentes e continuemos a construir nossas relações fortes, ao menos nestas questões em particular", disse.

Pompeo identificou o contraterrorismo e o combate à proliferação nuclear como duas áreas em que os dois países podem encontrar um terreno comum.

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