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Rússia diz que estratégia dos EUA para mísseis provocará corrida armamentista no espaço

18 jan 2019 - 18h45
(atualizado às 20h27)
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A Rússia disse nesta sexta-feira que a nova estratégia dos Estados Unidos de defesa contra mísseis pode dar início a uma perigosa corrida armamentista no espaço e provocar a retomada de programas ao estilo "Star Wars" que remontam à Guerra Fria.

Bandeira da Rússia no Consulado Geral do país em Seattle
26/03/2018 REUTERS/Lindsey Wasson
Bandeira da Rússia no Consulado Geral do país em Seattle 26/03/2018 REUTERS/Lindsey Wasson
Foto: Reuters

Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou um plano que prevê o desenvolvimento de sensores colocados no espaço para detectar mísseis inimigos e a pesquisa de armas espaciais para destruir tais mísseis antes que atinjam o solo norte-americano.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores da Rússia condenou a estratégia como sendo irresponsável e um ato de confrontação, embora não tenha feito menção a nenhuma intenção recíproca de Moscou em avançar no desenvolvimento de sua própria capacidade nuclear.

Em vez disso, o ministério pediu que Washington reconsidere, recue de seus planos e entre em conversas com Moscou em prol de um acordo sobre como administrar o arsenal mundial de mísseis nucleares.

"A estratégia, na prática, dá sinal verde ao prospecto de levar para o espaço a capacidade de ataques com mísseis", disse o comunicado.

"A implementação dessas ideias irão inevitavelmente levar ao início de uma corrida armamentista no espaço, o que terá as consequências mais negativas para a segurança e estabilidade internacional", acrescentou o texto.

"Gostaria de pedir ao governo dos EUA que reflita novamente e se afaste dessa tentativa irresponsável de relançar, sobre uma nova e mais desenvolvida base tecnológica, os ainda lembrados programas 'Star Wars' da era Reagan."

Uma renovada corrida nuclear armamentista teria enorme impacto financeiro sobre a Rússia, cuja economia entra em lenta recuperação após anos de preços baixos do petróleo, recessão e sanções comerciais do Ocidente.

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