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Mundo

Protesto em Hong Kong assombra festa nacional na China

Ato marcado para esta terça(1) coincidirá com 70 anos do regime

30 set 2019 - 18h24
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A ameaça de um protesto em Hong Kong, agendado para esta terça-feira (1), tem gerado preocupação na China hoje (30), véspera do dia em que serão realizadas as celebrações dos 70 anos do regime comunista. Amanhã, os chineses vão comemorar o 70º aniversário da criação da República Popular, proclamada pelos comunistas em 1949, com diversos eventos, incluindo discursos, festas e parada militar.

    A expectativa é de que o desfile reúna pelo menos 15 mil militares, 160 aviões e mísseis balísticos. A festividade acontecerá enquanto Hong Kong tomará às ruas do território para um novo protesto pró-democracia que, de acordo com as autoridades locais, pode ser um perigo, principalmente por sua crescente violência. "Os insurgentes estão aumentando seus atos de violência. A amplitude dessa violência e seus planos mostram que estão cada vez mais se voltando para o terrorismo", afirmou o superintendente da polícia de Hong Kong, John Tsé, no último final de semana.

    Hoje cedo, o presidente da China, Xi Jinping, prometeu respeitar a autonomia de Hong Kong e disse que sua nação "continuará a aplicar plena e fielmente o princípio de um país, dois sistemas". No entanto, de acordo com dois ativistas, "se houver pressão, haverá uma resposta". "Obviamente, não queremos derramamento de sangue, nem pessoas presas, mas, por outro lado, se a polícia estiver fora de controle, não podemos garantir nada", disseram. A série de protestos em Hong Kong já dura cerca de cinco meses e teve início por conta de uma lei que autorizava a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, mas logo se tornou um movimento por democracia, eleições livres e contra o governo de Carrie Lam, que é apoiada por Pequim. A maioria dos atos tem sido marcada pela repressão da polícia, que usa sprays de pimentas e canhões de água para dispersar a multidão. Geralmente, os manifestantes reagem com coquetéis molotov. Ex-colônia britânica, Hong Kong, foi entregue pelo Reino Unido à China em 1997, com o princípio de "um país, dois sistemas", e possui um status semiautônomo.

Ansa - Brasil   
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