Polônia ratifica lei que deve dobrar tamanho do Exército
Medida aumenta gastos com defesa para 3% do PIB
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, firmou nesta sexta-feira (18) a "lei da defesa da pátria" que prevê, entre outros pontos, dobrar o tamanho das Forças Armadas do país e aumentar os gastos com o setor para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2023.
Pelo texto, a Polônia pode ter um Exército de até 300 mil soldados (sendo 250 mil militares e 50 mil membros das Forças de Segurança Territorial) dentro de alguns anos.
O vice-primeiro-ministro para Assuntos de Segurança e líder do governista Partido para Lei e Justiça (PiS), Jaroslav Kaczynski, ressalta que a lei "cria as bases para construir um exército polonês capaz de responder agressões".
Citando a atual guerra na Ucrânia, o político afirmou que esse conflito "tem uma importância existencial para os ucranianos, mas é importante também para a Europa e para o mundo: marca o início de um período muito feio, no qual a segurança não é só importante para um país, mas sim o assunto dominante".
Para Kaczynski, o que está acontecendo com o país vizinho "poderia acontecer também aqui na Polônia".
O portal Polskie Radio Koszalin destacou que o documento tem 820 artigos em 450 páginas e que prevê o planejamento para a defesa também no longo prazo. O texto prevê que seja feita uma revisão do planejamento a cada quatro anos - e não mais a cada 15 - e cria um programa de desenvolvimento das Forças Armadas "sempre conforme os princípios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O site ainda informa que a nova lei "prevê a criação de um fundo de apoio às Forças Armadas" e que as medidas entram em vigor a partir de 30 dias da publicação da nova lei no Diário Oficial.
A invasão russa na Ucrânia acendeu um alerta em todas as nações próximas ao território e que fizeram parte da antiga União Soviética. Há o temor de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordene uma expansão do território de maneira ampla. .