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Papa Francisco encerra jornada mundial da juventude com grande missa ao ar livre

27 jan 2019 - 16h43
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O papa Francisco celebrou uma missa ao ar livre diante de um gigantesco público neste domingo para encerrar uma enorme festa da juventude católica, o último grande evento antes de seu retorno à Roma para se preparar para um histórica viagem à Península Arábica daqui uma semana. 

Organizadores disseram que aproximadamente 700 mil pessoas estavam presentes na missa de fechamento da Jornada Mundial da Juventude, que acontece a cada três anos em uma cidade diferente. A próxima reunião do evento, já batizado como o "Woodstock dos Católicos" acontecerá em Lisboa, em 2022. 

Muitos dos jovens na multidão passaram a noite nos campos de um parque batizado em homenagem ao papa João Paulo 2º, o último pontífice a ter visitado o Panamá em 1983. 

Na homília de fechamento da missa, que começou mais cedo que o normal, às 8h (horário local), por conta do forte calor tropical, Francisco pediu que os jovens trabalhem para combater "o medo, a exclusão, a especulação e a manipulação". 

Após uma semana no Vaticano, Francisco viaja no próximo domingo por três dias para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde ele se tornará o primeiro papa a visitar a Península Arábica e a fazer a primeira missa em um local aberto por lá. Há cerca de um milhão de católicos nos Emirados Árabes, todos eles trabalhadores expatriados. 

A liberdade de prática do cristianismo --ou de qualquer religião que não seja o Islã-- não é garantida no Golfo e varia de país para país. Nos Emirados Árabes e no Kuweit, os cristãos podem exercer sua fé em igrejas ou templos ou outros lugares com licenças especiais. A Arábia Saudita, que abriga os locais mais sagrados para os muçulmanos, não permite a prática de outras religiões.

Durante a viagem ao Panamá, os assuntos de migração e dos abusos sexuais da Igreja estiveram em destaque.

Francisco disse em um evento que não fazia sentido e era irresponsável estigmatizar migrantes e vê-los como ameaças à sociedade, expressando novamente sua opinião sobre uma das questões mais polêmicas nos Estados Unidos no momento.

Ele falou diversas vezes sobre a necessidade de se construir "pontes, e não muros", se colocando novamente em oposição ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na sexta-feira concordou sob pressão encerrar a paralisação parcial do governo, que já dura 35 dias, sem os 5,7 bilhões de dólares que havia pedido ao Congresso para construir sua muro na fronteira dos Estados Unidos com o México. 

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