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Mundo

Papa compara vazamento de documentos a 'pecado mortal'

Imprensa teve acesso às fotos de funcionários suspensos

12 out 2019 - 15h03
(atualizado às 15h23)
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O papa Francisco determinou a abertura de um inquérito para apurar o vazamento de fotos de cinco funcionários do Vaticano suspensos por conta de supostas irregularidades financeiras.

Papa Francisco celebra missa no Vaticano
Papa Francisco celebra missa no Vaticano
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o líder da Igreja Católica comparou a um "pecado mortal" o vazamento de documentos sigilosos. "Isso é lesivo à dignidade das pessoas e ao princípio da presunção de inocência", declarou.

O arquivo que determina a suspensão dos cinco suspeitos foi emitido pela Gendarmaria do Vaticano e publicado pelo site da revista L'Espresso. Os investigados foram afastados de suas funções em 2 de outubro.

Quatro deles, Vincenzo Mauriello, Mauro Carlino, Caterina Sansone e Fabrizio Tirabassi, são funcionários da Secretaria de Estado, enquanto o quinto, Tommaso Di Ruzza, é diretor da Autoridade de Informações Financeiras.

O documento que avisa as forças de segurança vaticanas sobre a suspensão dos cinco dirigentes é assinado por Domenico Giani, comandante da Gendarmaria. Um SMS anônimo enviado em 3 de outubro para prelados e funcionários culpa Giani pelo vazamento.

Segundo o jornal Corriere della Sera, o comandante pode deixar o cargo nos próximos dias, mas ele não se pronunciou publicamente sobre o caso. Giani, no entanto, é um dos colaboradores mais próximos - inclusive fisicamente - do papa Francisco.

Entre as operações suspeitas envolvendo os cinco dirigentes suspensos estão milionárias transações imobiliárias no exterior e a gestão das contas do Óbolo de São Pedro, o sistema de arrecadação de donativos da Igreja Católica.

O Vaticano enfrentou inúmeros escândalos de vazamento de documentos sigilosos nos últimos anos, e o maior deles, chamado "Vatileaks", abalou o pontificado de Bento XVI. Na ocasião, o mordomo Paolo Gabriele, que trabalhava para Joseph Ratzinger, repassou à imprensa cartas que denunciavam casos de corrupção na Igreja.

Ansa - Brasil   
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