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Oriente Médio

EUA expulsam três diplomatas venezuelanos em nova disputa bilateral

2 out 2013 - 12h44
(atualizado às 14h07)
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A Venezuela disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos deram um prazo de 48 horas ao chefe de sua missão diplomática em Washington e a outros funcionários para abandonarem o país, em represália à expulsão de três membros da delegação norte-americana em Caracas acusados de fazer um complô contra seu governo socialista.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa durante evento em Coro, no Estado de Falcón, Venezuela, nesta foto distribuída pelo Palácio Miraflores. 30/09/2013.
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa durante evento em Coro, no Estado de Falcón, Venezuela, nesta foto distribuída pelo Palácio Miraflores. 30/09/2013.
Foto: Miraflores Palace / Reuters

No mais recente impasse diplomático entre as nações que já estavam sem embaixadores, o presidente Nicolás Maduro mandou embora na segunda-feira três funcionários norte-americanos acusados de complô, com a oposição venezuelana, para desestabilizar o país.

"Repudiamos a expulsão", disse o comunicado publicado na quarta pela chancelaria venezuelana.

"Não se pode considerar esta uma decisão recíproca, ao observar a conduta inequívoca de nossos funcionários, que não ousaram em nenhum momento manter reuniões com grupos contrários ao governo do presidente Barack Obama ou com pessoas interessadas em agir contra o governo norte-americano", acrescentou.

Os diplomatas venezuelanos são Calixto Ortega, encarregado de negócios da embaixada da Venezuela em Washington; Mónica Sánchez, segunda secretária da embaixada; e Marisol Gutiérrez, do consulado da Venezuela em Houston.

O porta-voz da Casa Branca Jay Carney disse que as acusações da Venezuela só buscam ofuscar os graves problemas que vive o país.

"Esta ação por parte do governo venezuelano é claramente uma tentativa de distrair a atenção de seus problemas internos e não é uma forma séria de um país conduzir sua política exterior", disse Carney a jornalistas em Washington.

Desde que venceu a Presidência en abril, Maduro acusa seus opositores de planejar, junto com os Estados Unidos, magnicídio, estocar produtos de consumo para gerar escassez e sabotagem ao sistema elétrico venezolano.

As brigas entre Caracas e Washington foram herdadas por Maduro do falecido Hugo Chávez, que sempre viu nos Estados Unidos um inimigo de sua revolução socialista.

(Reportagem de Andrew Cawthorne e Diego Ore, com reportagem adicional em Washington de Steve Holland)

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