PUBLICIDADE

Oriente Médio

Líder afegão diz que tortura da CIA no país foi ‘chocante’

“Não há justificativa para tais atos e para a tortura humana no mundo”, disse o presidente do Afeganistão

10 dez 2014 - 17h14
(atualizado às 17h24)
Compartilhar
Exibir comentários
Presidente afegão Ashraf Ghani fala sobre CIA durante evento em Cabul. 10/12/2014.
Presidente afegão Ashraf Ghani fala sobre CIA durante evento em Cabul. 10/12/2014.
Foto: Omar Sobhani / Reuters

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, prometeu nesta quarta-feira investigar os abusos da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) em um centro de detenção em seu país, dizendo que a tortura descrita em um relatório do Senado dos EUA “viola todas as normas aceitas de direitos humanos no mundo”.

Como sinal do quão importante continua sendo a questão do tratamento norte-americano aos prisioneiros poucas semanas antes do encerramento formal dos 13 anos da guerra liderada pelos EUA no Afeganistão, Ghani fez um discurso televisionado em reação ao relatório.

O documento mostrou que um centro secreto da CIA conhecido como Local de Detenção Cobalto, que se acredita se situar nos arredores de Cabul, foi um dos primeiros lugares onde os interrogadores torturaram detidos com técnicas como espancamentos, privação de sono, acorrentamento às paredes e exposição ao frio.

As alegações de abusos dos EUA a detidos capturados no Afeganistão foi um tema que gerou comoção entre os afegãos durante toda a guerra. O relatório do Senado foi a primeira admissão de Washington sobre toda a abrangência do programa secreto da CIA.

“O relatório é chocante. Ele viola todas as normas aceitas de direitos humanos no mundo”, declarou Ghani, empossado dois meses atrás. “Não há justificativa para tais atos e para a tortura humana no mundo”.

Ele prometeu investigar quantos afegãos sofreram abusos nos centros de detenção, que também abrigavam supostos militantes de outros países, e reiterou que a partir de 1º de janeiro de 2015 os Estados Unidos não terão mais direito de manter detidos em seu país.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade