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Oriente Médio

Assad defende a repressão do terrorismo para resolver crise na Síria

4 ago 2013 - 21h28
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A crise na Síria só será resolvida reprimindo o terrorismo, afirmou o presidente sírio Bashar Al-Assad neste domingo, numa referência aos rebeldes que combatem seu regime.

"Nenhuma solução pode ser alcançada com terrorismo a não ser contra-atacando com mão de ferro", afirmou o presidente, num raro discurso transmitido pela tv estatal.

Assad também afirmou que a Coalizão Nacional Síria (oposição) fracassou e que não tem nenhum papel a desempenhar para ajudar na solução do conflito que abala o país desde 2011.

"Esta oposição não é confiável, fracassou em níveis populares e morais, e não tem um papel (a desempenhar) na solução da crise", acrescentou.

"Não acho que nenhum ser humano normal pode pensar que se pode lidar com o terrorismo através da via política", enfatizou.

Na quinta-feira, Assad, encorajado pelo avanço de suas tropas em duas frentes rebeldes, já havia declarado estar certo da vitória na guerra civil que atinge seu país.

Na ocasião, pela primeira vez em mais de dois anos, ele deixou a capital para visitar a cidade de Daraya, ex-reduto insurgente, onde fez esta declaração.

Além de aparecer na TV, o presidente Assad também participou de um iftar, a quebra do período de jejum do Ramadã, com personalidades políticas e religiosas sírias, segundo a agência de notícias oficial Sana.

Durante o encontro, Assad pronunciou um discurso sobre "a importância da ética e do amor na sociedade, particularmente durante o Ramadã", segundo a fonte.

Assad igualmente falou dos últimos acontecimentos da crise na Síria, e dos feitos heróicos do exército sírio na defesa do país.

Em março de 2011, um movimento de protesto em massa exigindo mudanças no regime tomou conta do país.

Em resposta, o governo iniciou uma violenta campanha de repressão, e passou a classificar os rebeldes como terrorista.

--- Cinco membros de uma mesma família mortos ---

Cinco membros de uma mesma família favorável ao regime Assad foram mortos neste domingo por homens armados no norte de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Já no oeste do país, uma batalha entre rebeldes e forças do regime causaram a morte de ao menos 30 pessoas dos dois lados, e um carro-bomba explodiu num posto de controle do exército no bairro de Boustane al-Dur, sul da capital.

As forças do regime também continuaram bombardeando Barze, no norte, e Jobar, no leste, além de prosseguir combatendo em Jabal al-Akrad, na província de Lattaquié, onde 12 rebeldes e 19 soldados morreram.

Em Ariha, província de Idleb, nordeste do país, quatro pessoas, sendo uma criança, foram mortas num bombardeio, sempre segundo o OSDH.

Mais de 100.000 pessoas morreram no conflito, enquanto milhões de civis, em grande maioria mulheres e crianças, fugiram dos combates, de acordo com a ONU.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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