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Moradores de vilarejo amazônico ocupam instalações da PetroTal no Peru

26 mar 2019 - 09h48
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Moradores de uma região remota da Amazônia se apropriaram de uma pequena instalação petrolífera operada pela empresa de energia canadense PetroTal para exigir eletricidade e outros serviços do governo, disse uma associação da indústria na segunda-feira.

Imagem aérea de um rio na região de Loreto, na Amazônia peruana
29/09/2014
REUTERS/Enrique Castro-Mendivil
Imagem aérea de um rio na região de Loreto, na Amazônia peruana 29/09/2014 REUTERS/Enrique Castro-Mendivil
Foto: Reuters

O protesto mais recente visando operações de petróleo e mineração no Peru nos últimos meses provocou clamores para que o presidente Martín Vizcarra tome providências para evitar tais incidentes, que criam o risco de frear investimentos no país.

A produção do Bloco 95 da PetroTal foi suspensa depois que cerca de 70 habitantes do vilarejo de Brena, da região amazônica de Loreto, assumiram o controle das instalações no domingo, disse a Sociedade Peruana de Hidrocarbonetos (SPH) em um comunicado.

O negociador-chefe do governo para conflitos com comunidades não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

Não foi possível contatar representantes da PetroTal e moradores de Brena de imediato para obter comentários.

A PetroTal, antiga Sterling Resources Ltd, indicou estar disposta a conversar com os moradores próximos de suas operações, disse a SPH, acrescentando que se ofereceu para doar um gerador elétrico à comunidade.

"Pedimos às autoridades que façam seu trabalho e restaurem a calma", disse a SPH em um comunicado. "A violência como forma de atrair a atenção do governo é algo que precisa ser erradicado".

O governo Vizcarra ainda está se esforçando para encerrar um bloqueio rodoviário de uma comunidade indígena dos Andes que interrompeu as exportações dos maiores produtores de cobre do país. No mês passado ele chegou a um acordo com a comunidade, que culpou por danificar um oleoduto estatal em Loreto.

O Peru é um grande exportador de minerais, mas um produtor relativamente pequeno de petróleo, especialmente em locais onde empresas internacionais operam ao lado de comunidades pobres que carecem de serviços básicos.

A SPH disse que os conflitos criam o risco de afastar investimentos do Peru e pediu que o governo faça mais do que arrecadar impostos e royalties e cuide das necessidades de comunidades remotas.

A PetroTal, segundo a SPH, planeja investir 365 milhões de dólares nos próximos cinco anos na nação. "A empresa já pagou quase 5 milhões de dólares em impostos, dinheiro que poderia ter sido usado para fornecer eletricidade para a comunidade", disse.

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