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Membro do governo da Itália defende saída do país da UE

Assunto voltou a assombrar italianos e gerar crítica de Bruxelas

15 fev 2019 - 14h08
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A Itália voltou a ser assombrada nesta sexta-feira (15) pela possibilidade de sair da União Europeia, assim como fez o Reino Unido. Quem trouxe o assunto à tona foi o conselheiro econômico do partido governista Liga Norte, Claudio Borghi.

    Em uma declaração nesta manhã, Borghi disse que as eleições de maio ao Parlamento Europeu serão a última chance dos partidos populistas da Europa assumirem o poder do bloco. Caso contrário, a Itália deveria deixar a UE, o que já é chamado de "Itaxit", em referência ao "Brexit" dos britânicos. "Acho que essa é a última oportunidade. Se, depois destas eleições, restarem as mesmas laranjas de sempre lideradas pela Alemanha para fazer as políticas econômicas, sociais e migratórias, em benefício da Alemanha e em nosso prejuízo, eu diria para sairmos. Ou mudamos [a UE] ou devemos sair", disse Borghi.

    Segundo ele, o projeto europeu é "falido e tóxico para a Itália". "Se o ambiente continuar tossico, eu diria de sairmos", completou.

    A declaração do político do partido nacionalista começou a surgir efeitos em Bruxelas. "O governo italiano deve dizer claramente se quer sair da zona do euro e da União Europeia.

    Muita ambiguidade e declarações inconsistentes apenas provocam danos à Itália e aos italianos", disse o presidente do Parlamento Europeu, o também italiano Antonio Tajani, em sua conta no Twitter. A Liga Norte, com o vice-premier e ministro do Interior Matteo Salvini, já fez outros comentários sobre uma possível saída da Itália da UE. Alguns críticos e opositores ironizaram dizendo que, a cada dia, a Liga anuncia a saída ou a permanência na UE, e que hoje seria o dia do "exit".

Ansa - Brasil   
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