Medidas anunciadas por Macron custarão 10 bilhões de euros
Presidente tenta conter a ira do movimento dos "gilet jaunes"
As medidas anunciadas na noite de ontem (10) pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para conter os protestos do movimento "gilet jaunes" custarão de 8 a 10 bilhões de euros ao governo.
Apesar do Palácio do Eliseu não detalhar a cifra, a previsão foi confirmada pelo secretário de Estado das Contas Públicas da França, Olivier Dussopt.
Macron decidiu dar um aumento de 100 euros no salário mínimo a partir de 2019 - o salário mínimo atual bruto é 1.498,47 euros.
O presidente também decidiu isentar as horas extras de impostos e pediu para as empresas darem um abono aos funcionários no final do ano, igualmente sem taxação.
As novas medidas também preveem um bônus para funcionários públicos e isenção do aumento do imposto de seguridade social a aposentados que recebem menos de 2 mil euros por mês.
Macron adotou as medidas como forma de conter a ira de milhares de manifestantes que saíram às ruas por várias semanas, desde 17 e novembro, para protestar contra o aumento no preço do combustível e as políticas sociais e econômicas do governo.