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Matteo Renzi faz apelo por governo sem Salvini na Itália

Ex-premier concedeu coletiva antes de votação no Senado

13 ago 2019 - 16h50
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O ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi fez um apelo nesta terça-feira (13) ao Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, a ao Movimento 5 Estrelas (M5S) para a formação de uma maioria alternativa para governar o país, impedindo assim uma vitória de Matteo Salvini na crise política deflagrada na última semana. "A votação de hoje no Senado demonstrará que existe uma maioria parlamentar sem Salvini. Espero que ele renuncie hoje. É o responsável por este caos institucional que está acontecendo no Parlamento", disse Renzi à jornalistas pouco antes da discussão sobre o calendário da crise. Durante entrevista coletiva no Senado, o ex-premier da Itália ainda prometeu unidade com o líder do PD, Nicola Zingaretti, em meio a rumores de que Renzi poderia sair da legenda e formar seu próprio partido depois que Salvini rompesse com a coalizão que forma o governo. Além disso, ele deixou claro que, após 14 meses de governo, a Itália mudou e "um possível acordo do PD e o M5S, com outras forças parlamentares", precisa ser decidido pelos respectivos diretores nacionais. "Se houver uma eleição (em outubro), não sei se o PD levará 25 por cento, mas o que é certo é que o imposto subiria para 25 por cento. Seria um desastre para o país", acrescentou.

Matteo Renzi faz apelo por governo sem Salvini na Itália
Matteo Renzi faz apelo por governo sem Salvini na Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    Renzi ainda explicou que as eleições antecipadas pedidas pelo líder da extrema-direita levaria a Itália à recessão, por isso o ideal seria um governo de transição. "A Itália certamente entraria em recessão. Especialmente com as tensões comerciais entre os EUA e a China e o que está acontecendo com a locomotiva econômica alemã", disse. "Depois não digam que não o adverti".

    A entrevista de Renzi fez referência a hipótese que tem sido cogitada nos últimos dias de uma possível coalizão entre Salvini e o Força Itália, do ex-premier Silvio Berlusconi, e os Irmãos da Itália (FDI), de Georgia Meloni. "Temos a chance de virar a página", disse Renzi, estendendo a mão para o M5S, que poderia formar uma nova administração com o PD.

Ansa - Brasil   
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