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Mundo

Mais de 20 pessoas desaparecem em naufrágio no Mediterrâneo

Outras 71 pessoas foram resgatadas com vida por MSF

28 jun 2022 - 07h57
(atualizado às 08h57)
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Pelo menos 22 pessoas desapareceram no naufrágio de um bote inflável no Mediterrâneo Central nesta terça-feira (28), em mais uma tragédia na rota migratória mais mortal do planeta.

Imagem de arquivo do navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras
Imagem de arquivo do navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O incidente foi noticiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras, que opera o navio de resgate Geo Barents no Mediterrâneo. De acordo com a entidade, 71 pessoas foram salvas no naufrágio, porém outras 22 desapareceram e uma morreu.

Ainda segundo MSF, 15% dos náufragos apresentam queimaduras provocadas por combustível e precisam de tratamento médico. Uma criança e sua mãe já foram evacuadas para Malta, mas agora a ONG pede um porto seguro para atracar.

"Dezenas de pessoas lutaram para sobreviver na água. Todas estão gravemente traumatizadas e chocadas", afirmou Médicos Sem Fronteiras.

A rota migratória do Mediterrâneo Central, entre Líbia e Tunísia, no norte da África, e Itália e Malta, no sul da Europa, é considerada a mais mortal do mundo pela Organização Internacional das Migrações (OIM) e vem registrando um aumento nas travessias.

Apenas a Itália já recebeu 26.652 migrantes forçados via Mediterrâneo em 2022, crescimento de 35% na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Ministério do Interior.

Os principais países de origem dos deslocados são Bangladesh (4.605), Egito (4.154), Tunísia (3.807), Afeganistão (2.697) e Síria (1.548). Geralmente, esses migrantes usam a Itália como porta de entrada na União Europeia e depois seguem para países ao norte.

Segundo a OIM, 721 pessoas já morreram ou desapareceram na travessia do Mediterrâneo Central em 2022.

Ansa - Brasil   
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