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Mundo

Justiça dos EUA condena 'El Chapo' à prisão perpétua

Narcotraficante mexicano reclamou de "tortura" na cadeia

17 jul 2019 - 11h48
(atualizado às 12h39)
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O narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán foi condenado nesta quarta-feira (17) à prisão perpétua por um tribunal de Nova York, nos Estados Unidos.  Ele também terá de pagar uma multa de US$ 12,6 bilhões às autoridades americanas.

"El Chapo" Guzmán foi extraditado para os EUA em 2017
"El Chapo" Guzmán foi extraditado para os EUA em 2017
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A pena foi anunciada pouco mais de cinco meses depois de o criminoso ter sido considerado culpado de 10 acusações de tráfico de drogas e de armas, associação ao crime organizado e lavagem de dinheiro.

Ex-chefe do poderoso cartel de Sinaloa, El Chapo, 62 anos, lucrou bilhões de dólares transportando toneladas de cocaína, heroína, metanfetamina e maconha para os EUA. Ele usava túneis secretos e pacotes escondidos em caminhões-tanque, vagões de trem e carros de passeio para levar drogas às cidades americanas.

Antes da leitura da sentença, El Chapo tomou a palavra para dizer que o processo foi "injusto" e reclamar das condições de isolamento impostas na cadeia. "É uma tortura psicológica, emocional e mental 24 horas por dia", declarou. O julgamento incluiu dezenas de testemunhas, como ex-aliados de El Chapo no cartel de Sinaloa, um especialista em criptografia e um fornecedor de cocaína colombiano. Uma delas disse que o narcotraficante pagou US$ 100 milhões em propina ao então presidente do México, Enrique Peña Nieto, que nega a acusação.

El Chapo foi extraditado por seu país em janeiro de 2017, um ano depois de ter sido preso pelas autoridades mexicanas. Seis meses antes da captura, ele havia protagonizado uma fuga cinematográfica da penitenciária de Altiplano 1, na qual usou um túnel de 1,5 quilômetro para escapar.

O narcotraficante chegou a ser considerado o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas de Osama bin Laden. Para extraditá-lo aos EUA, o México recebeu garantias de que ele não seria condenado à morte.

Ansa - Brasil   
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