Itália tem maior número de novos casos de coronavírus desde 11/4
Em 5 dias, país superou contágios da semana passada
A Itália registrou 4.458 novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 nesta quinta-feira (8), maior número para um único dia desde 11 de abril, quando haviam sido contabilizados 4.694 contágios.
Naquela época, o país ainda vivenciava o lockdown decretado pelo governo para combater a pandemia e que vigorou até 18 de maio.
De acordo com o boletim atualizado do Ministério da Saúde, a Itália soma agora 338.398 diagnósticos positivos e 36.083 óbitos causados pelo novo coronavírus, após um acréscimo de 22 vítimas em 24 horas, nove a menos que no dia anterior.
A principal responsável pelo aumento expressivo dos casos nesta quinta é a Campânia, que fica no sul do país e foi relativamente poupada na primeira onda da pandemia, mas vem capitaneando a alta nos contágios desde o último fim de semana.
Segundo o Ministério da Saúde, foram 757 novos casos na região em 24 horas, superando inclusive a Lombardia (683), epicentro da crise na Itália. Em seguida aparecem Vêneto (491) e Lazio (359), onde ficam Veneza e Roma, respectivamente.
Em apenas cinco dias, o país já superou o número de novos contágios registrado na semana passada: são 15.648 diagnósticos positivos desde domingo (4), contra 14.650 da semana passada inteira. Agora a Itália acumula 12 semanas seguidas de aceleração na pandemia.
Médias móveis
O novo balanço fez a média móvel de casos em sete dias subir para 2.999, cifra 86% maior que a registrada duas semanas atrás. Também é o maior índice desde 23 de abril (3.005).
A média móvel de óbitos se manteve em 24, alta de 34% na comparação com 14 dias atrás, mas ainda longe dos 814 registrados em 2 de abril, no pico da crise na Itália. Já o auge da média móvel de casos em sete dias ocorreu em 26 de março, com 5.643.
O país também contabiliza 236.363 pacientes curados e 65.952 casos ativos, maior número desde 18 de maio (66.553), quando terminou o lockdown. Do total de pessoas com contágios ainda ativos, 358 estão internadas em UTIs.
O governo prorrogou o estado de emergência devido à pandemia - que terminaria em 15 de outubro - para 31 de janeiro, mas descarta impor uma nova quarentena. "A situação não é igual à de outros países europeus, mas os números ainda vão crescer", disse nesta quinta o ministro da Saúde, Roberto Speranza.
"Precisamos que as medidas adotadas, a partir do uso de máscara, sejam respeitadas", acrescentou.